Ano 8 – Nº 303/ sexta-feira, 04 de dezembro de 2020

EDITORIAL

A corrosão da autoridade do MEC

A edição de uma Portaria estabelecendo a volta às aulas presenciais nas universidades e institutos federais mostra o alinhamento do MEC com o obscurantismo e a falta de responsabilidade do Governo Bolsonaro. A corrosão da autoridade do MEC para coordenar a mais complexa, abrangente e capilar rede de instituições públicas cria problemas para o conjunto da sociedade brasileira. A incompetência e a indisposição demonstradas pelo ministério e por seus dirigentes em liderar os esforços de mitigação dos impactos da pandemia nas escolas brasileiras demonstram, uma vez mais, as faces perversas e destrutivas de um governo comprometido com políticas de morte.

Leia mais.

NAS ONDAS DA EDUCAÇÃO
No programa de rádio Pensar a Educação, Pensar o Brasil do dia 07 de dezembro vamos realizar mais uma edição do Pensar Jovem: Fazer sentido. E dessa vez teremos a chance de comentar como tem sido esta experiência de aproximação do nosso programa com estudantes da educação básica.

Segunda também teremos a sessão especial #MidianaEscola sobre memes e Jogos no Ensino de História. Além da coluna Pensando Bem e a Agenda da Educação com os principais eventos da semana.

Todas as segundas-feiras, das 20h00 às 22h00, o programa Pensar a Educação, Pensar o Brasil vai ao ar pela Rádio UFMG Educativa 104,5 FM.

LIVE – PENSAR AO VIVO
Educação e política na América Latina
A live Pensar ao Vivo do dia 9 de dezembro reúne pesquisadores da América Latina para conversar sobre as mobilizações políticas recentes no continente e o impacto disso nos sistemas educacionais. A intenção do encontro é bater um papo, ouvir experiências e perspectivas de alunas(os) e ex-alunas(os) do Programa de Doutorado Latino Americano da UFMG.

EDUCAÇÃO EM DEBATE
A necessidade de uma educação antirracista no Brasil – Lucas Carneiro Costa – EXCLUSIVO
Precisamos de uma educação antirracista. E vou explicar os motivos pelos quais acredito que ela é a saída para uma completa reestruturação social, de cunho libertário e, ao mesmo tempo, igualitária.

Institucionalizar a extensão universitária é uma necessidade da sociedade – Monica Abranches – EXCLUSIVO
As instituições de ensino superior estão, há muitos anos, estabelecendo um processo de institucionalização da extensão universitária, muitas vezes, acelerado ou freado por suas próprias políticas institucionais.

A pobreza é invisível? – Shellen de Lima Matiazzi – EXCLUSIVO
O entendimento sobre a pobreza está, portanto, para além do aspecto da renda, se constitui na violação de direitos, como o não acesso – ou de forma insuficiente – a serviços básicos, a negação de condições dignas de moradia, de participação política e social e a privação na alimentação.

Produtividade: a face mais agressiva da Educação – Tiago Tristão Artero – EXCLUSIVO
Artigos fatiados, como salame, que abastecerão muitas revistas, congressos e capítulos de livro. Um ensino cartesiano, excludente de outras dinâmicas de funcionamento social, que forma para alcançar um emprego ou alçar a um posto de comando, diferenciando-se da massa.

Nesta rua, tem um bosque que se chama educação: a escola enquanto laboratório de Ecologia – Vagner Luciano de Andrade, Patrícia Abreu Costa e Priscila Abreu Costa – EXCLUSIVO
A necessidade de mecanismos de incentivo que facilitem o processo de inserção da EA no cotidiano curricular parte da ausência de meios para que professores e alunos vivenciem projetos comprometidos com a questão ambiental, de maneira dinâmica, lúdica e interativa.

2020: o ano que não acaba em dezembro – Eugênio Magno – EXCLUSIVO
Às vezes a sensação é de que vivemos tudo isso e mais alguma coisa não dita, não explicada e quiçá não explicável. Este ano, cujo calendário dá por encerrado em 31 de dezembro, definitivamente, não findará agora.

Falar de Educação na Internet: experiências
O Pensar ao Vivo do dia 02 de dezembro refletiu sobre diversas experiências de usar o espaço virtual para falar sobre educação. Yolanda Assunção, coordenadora de Comunicação do Pensar a Educação, Pensar o Brasil recebe para o PENSAR ao Vivo Alessandro Carvalho Bica (UNIPAMPA), Cândida Pereira Monteiro (GPEC/UNEB), Elizabete Conceição Santana (GPEC/UNEB), Tiane Melo dos Anjos (GPEC/UNEB).

Leia mais.

BICENTENÁRIO EM FOCO
Brasil de tumbeiros – Dalvit Greiner – EXCLUSIVO
Essa forma dolorida e violenta de arrancar uma pessoa da sua terra provocou aquilo que chamamos de diáspora africana. Diáspora é o nome que se dá a uma migração forçada, obrigatória, violenta.

A educação no sesquicentenário e as projeções para o bicentenário da independência – José Antonio Sepulveda e Denise Medina França – EXCLUSIVO
Em 2018, durante a campanha eleitoral para a presidência da república no Brasil, o candidato Jair Bolsonaro, vitorioso no pleito, se destacou com uma proposta de educação que fazia referência ao período da ditadura no Brasil.

EDUCAÇÃO E LITERATURA
Fechaduras – uma leitura de leituras – Gustavo S. Neves – EXCLUSIVO
Os antigos diários trancados a sete chaves, deram lugar a uma exposição sem limites nas redes sociais, as portas foram eliminadas e nem existem mais cadeados. A própria relação com o corpo, a nudez, foi banalizada e ganhou status no lugar comum (algo impensável para gerações anteriores).

Uma conversa encaixada – gavetas recobertas – Ivane Perotti – EXCLUSIVO
Bancos, bancos e tamboretes parecem coabitar plenamente o universo dos descansos. Parecem. Desde que nós, operários da língua, saltemos a natureza das homonímias e ajustemos a polissemia de assento, nalgas e poupança.

CONVITE À LEITURA
Resenha do filme “Pro dia nascer feliz” – Lucas Carneiro Costa – EXCLUSIVO
É possível problematizar diversas questões ao ver o filme. Problemas como evasão escolar, analfabetismo funcional, além do descaso na manutenção de escolas públicas (com pouca verba pública destinada para mantê-las) são comuns.

“Seu silêncio não vai te proteger”: uma leitura de Irmã outsider – Alexandra Lima da Silva – EXCLUSIVO
Numa sociedade racista, misógina, machista e classista como a brasileira, o pensamento de Audre Lorde é sempre um respiro para aquelas pessoas “sufocadas” e asfixiadas diariamente pela violência.

EDUCAÇÃO, SAÚDE E SOCIEDADE
A saúde na América Latina e Caribe a partir dos indicadores da Agenda 2030 – Wanessa Debôrtoli de Miranda, Fabrício Silveira, Ana Luísa Jorge Martins, Rômulo Paes de Sousa – EXCLUSIVO
Com o objetivo de contribuir para o debate no campo da saúde e implementação da Agenda 2030, o Grupo de Pesquisa de Política em Saúde e Proteção Social do Instituto de Pesquisas René Rachou – Fiocruz Minas, vem desenvolvendo uma série de pesquisas sobre a temática desde 2018. Dentre as quais, a avaliação dos indicadores da Agenda, tanto ao nível local quanto global.

Leia mais.

EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS
Educação e Direitos Humanos: experiências de uma escola em Betim/MG – Fabiana Vilas Boas Borges e Aline Choucair Vaz – EXCLUSIVO
Hoje gostaríamos de mencionar a experiência de vanguarda que vem sendo construída de forma inspiradora por uma escola municipal da rede pública de Betim em Minas Gerais, “Aristides José da Silva”, que nesse ano completa 30 anos e celebra essa jornada, contrariando todos os planejamentos de 2019, com recuos, pausas, isolamento, afastamentos e tantos condicionamentos impostos pelas circunstâncias da Pandemia e protocolos da Covid.

EJA EM PAUTA
De fazer inveja em Cervantes – Octávio Henrique Bernardino Ribeiro – EXCLUSIVO
Nessa prática quixotesca não foram os romances de cavalaria que confundiram a percepção da elaboração das narrativas históricas, uma vez que a sátira se materializa pelo despejo de anos de ressentimento de um conservadorismo moral que perde espaço em face de uma sociedade mais humanizada.

PESQUISA EDUCACIONAL
Narrativas trans: docência e prostituição – Maria Rita de Assis César, Dayana Brunetto Carlin dos Santos e Amanda da Silva – Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica (Uneb)
O presente artigo tem como objetivo analisar as experiências de professoras trans que atuam na Educação Básica no Estado do Paraná e suas relações com a prostituição. A pesquisa surgiu de questionamento sobre a profissionalização das professoras trans, em diálogo com os processos de dupla constituição de si, ou seja, como professoras e profissionais do sexo. Por meio de entrevistas narrativas realizadas com seis mulheres trans, professoras da rede municipal e estadual de ensino, e através de um referencial pós-estruturalista, embasado principalmente em Michel Foucault, Judith Butler e Margareth Rago, foi possível perceber que as experiências docentes trans podem se constituir como um movimento de resistência às rígidas normas de gênero impostas nos ambientes escolares.

EDUCAÇÃO PELO BRASIL
Governo rebaixa custo aluno 2020 – Avaliação Educacional
O governo, em seu desejo de fazer caixa, rouba o futuro da juventude atingida pela pandemia, em um momento em que vamos necessitar de mais investimentos para poder recuperar as defasagens produzidas.

Carro de som leva informação para alunos de escola pública de BH – R7
Professores de uma escola pública do bairro Céu Azul, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, resolveram dar aulas e transmitir conteúdos enriquecedores através de um carro de som, que passa pelas ruas da Ocupação Dandara.

Leia mais.

CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Diversidade e igualdade de oportunidade – Parte III – Antonio Carlos Teixeira – EXCLUSIVO
As mutações enriquecem o “pool” de genes e promove variação genética. A maioria das mutações são neutras, mas variação vantajosa tende para sua preservação.

Copo vazio – Sonia Pessoa (para o Observatório da Comunicação Pública da Ciência)
De algum modo, em 2019, quando recebi o convite da professora Valéria Raymundo para mediar a mesa “Memórias, ressignificações e afetos, com sessão comentada do documentário “Reminiscências e Afetos” – Testemunhos e provocações de uma “cidadã comum” à ciência sobre o nascimento, vida e morte da filha com deficiência, algo diferente captou a minha atenção.

Notas ao redor de “Reminiscências e afetos”  – Claudia Mesquita (para o Observatório da Comunicação Pública da Ciência)
“Reminiscências e Afetos” se desdobra a partir de dois encontros com Dona Silvinha. O mais recente, descobrimos logo, é um reencontro: um ano e meio antes a equipe gravara a primeira conversa com ela, material que se alterna na montagem do documentário com o registro presente, mais descontraído.

Leia mais.

AMÉRICA LATINA
Congreso despachó proyecto que prohíbe negar matrícula por deuda a causa del Covid-19 – La Cuarta – Chile
Iniciativa establece que se considerará la situación económica de padres, madres y apoderados que hayan perdido su empleo o se encuentren acogidos al seguro de desempleo.

SEP presenta los criterios de evaluación en la Educación Básica durante la pandemia – Televisa – México
Se harán evaluaciones apegadas a la situación actual y con equidad, considerando la realidad de cada estudiante.

Leia mais.

PENSAR INDICA
O Conselho Internacional de Museus (ICOM) divulgou na ultima semana os resultados da pesquisa Desafios em tempos de Covid-19 – Pesquisa do ICOM Brasil com profissionais e públicos de museus.Desde o início da pandemia, o ICOM outros organismos internacionais levantaram informações sobre seu impacto em museus sob diversas perspectivas. À luz dessas pesquisas, o ICOM Brasil (Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus) , em parceria com a Tomara Educação & Cultura, decidiu contribuir e oferecer informações relevantes para os museus brasileiros. A ideia foi realizar uma pesquisa que, além de retratar os impactos da pandemia para o setor, também apontasse caminhos e tendências possíveis para o futuro. Para tanto, a investigação foi dividida em dois ciclos, cada um focado nas percepções e sugestões de dois grupos centrais para o futuro dos museus durante e pós-pandemia: os profissionais e os públicos.

INDICAÇÃO DO LEITOR
Cintia Maria Luz Pinho de Souza
– A edição de novembro do Blog MODOS DE FAZER EDUCAÇÃO NA BAHIA no passado e no presente faz uma Homenagem à professora Jaci Menezes  na ocasião da sua aposentadoria  da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), no cargo de Professora Plena da UNEB.

Mônica Jinzenji – Já estão disponíveis os artigos, resenhas, entrevistas e a seção palavra aberta do número 36, 2020 de Educação em Revista. Essa edição conta ainda com dois dossiês: “Alfabetização e Letramento no campo educacional” e “Privatização na e da Educação Infantil”.

Yolanda Assunção – No próximo dia 10 às 16h, será realizada a Aula Inaugural da Formação Transversal em Divulgação Científica da UFMG. Neste semestre a convidada é a Profa. Tatiana Roque, que é Coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ e professora do Instituto de Matemática da UFRJ. O tema da aula será “Negacionismo e a crise da expertise”. Evento será realizado remotamente e transmitido via Youtube.    

OPINIÃO DO LEITOR
Míria Gomes de Oliveira em 27/11/2020 (
EJA em Pauta, edição 302, Seriam os sujeitos da EJA passíveis de luto?). Parabéns pelo texto instigante, Nilma! A violência contra corpos negros no Brasil cada dia mais escancarada.

Josiane Cristina Amorim da Silva em 27/11/2020 (Editorial, edição 301, Brasil, um país racista!). Apesar de toda essa onda de valorização da cultura, da memória e da história do africanos e seus descentes nas sociedades contemporâneas, ainda há pessoas que pensam como o vice-Presidente da República, Hamilton Mourão

Rogeria em 29/11/2020 (EJA em Pauta, edição 302, Seriam os sujeitos da EJA passíveis de luto?). Nilma, o acesso à educação é essencial para que as pessoas acessem seus direitos e se reconheçam como cidadãs e sujeito político. Negativa da escolarizacao é gravíssima violência e como vc sempre diz, se dirige a um público especifico: mulheres, negros, indígenas, pessoas com deficiência, LGBTs e trans e afins. Continue Lendo.

Rogeria em 29/11/2020 (EJA em Pauta, edição 302, Seriam os sujeitos da EJA passíveis de luto?). Educar é libertar e a muitos não interessa este exercício de liberdade. Parabéns, mais uma vez, pela lucidez e clareza de suas colocações.

Analise de Jesus da Silva em 29/11/2020 (EJA em Pauta, edição 302, Seriam os sujeitos da EJA passíveis de luto?). Excelente reflexão, Nilma! “E não bastam mais a tolerância e o respeito; é preciso o reconhecimento – RE CON O (S)CER. Estar com o Ser, conhecê-lo e REconhecê-lo.” Sigamos!!!

Maria de Jesus de Matos Ribeiro em 29/11/2020 (EJA em Pauta, edição 302, Seriam os sujeitos da EJA passíveis de luto?). Parabéns Nilma, excelente abordagem. Essa educação que deveria ser universal e não é na prática e exaustivo se deparar tidos os dias com pessoas que se vêem uma casta, como melhores. que essas pessoas têm em comum com todos elitistas. Continue Lendo.

Bebela Ramos em 29/11/2020 (EJA em Pauta, edição 302, Seriam os sujeitos da EJA passíveis de luto?).  É sempre muito bonito quando a estudiosa/o estudioso disponibiliza o conhecimento aliado à sensibiliadade, para provocar/ inspirar reflexões e problematizar a política, em especial a Educação. Parabéns, Nilma Coelho!

Flavia Renata em 29/11/2020 (EJA em Pauta, edição 302, Seriam os sujeitos da EJA passíveis de luto?). Grata por esta reflexão, a qual se faz tão necessária! Parabéns! Um texto para ser lido muitas vezes nos mais diversos espaços! Nilma, você é o que expressa, por isto, sobretudo para quem a conhece, é sabida a força que há aqui.

Monica Abranches em 29/11/2020(Editorial, edição 301, Brasil, um país racista!). Uma vantagem desse DESgoverno é saber exatamente onde os racistas estão! E são muitos.

Wander em 01/12/2020 (Educação em debate, edição 264, Educação moral e cívica – triste memória). Matéria ridícula, para haver uma ditadura tinha que ter um ditador . Houve sim REGIME MILITAR. Hoje 2020 , estamos sim vivendo uma ditadura disfarçada de democracia.

TIRINHA
Desenhos do Nando

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *