Ano 8 – Nº 302/ sexta-feira, 27 de novembro de 2020

EDITORIAL

Brasil, país racista!

Ao contrário do que disseram o vice-Presidente da República e o Presidente da Fundação Palmares, no Brasil tem racismo e, mais que isso, racismo estrutural. Os nossos racismos estruturais e institucionais agem cotidianamente para criar barreiras e dificuldades, quando não impossibilidades, para a melhoria da vida da população negra no Brasil. Felizmente, contra este estado de coisas, há um crescente movimento de lideranças e coletivos de negros e negras contra o racismo e contra todas as formas de discriminação e violência. Há, de norte a sul do país, e em boa parte do planeta, pessoas e grupos que jogam suas energias vitais para anunciar e construir novas, democráticas e solidárias relações.

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NAS ONDAS DA EDUCAÇÃO
No dia 30 de novembro vamos receber no programa de rádio Pensar a Educação, Pensar o Brasil, a professora, pesquisadora e escritora Alexandra Silva para falar sobre o livro As Rosas que o vento leva, seu primeiro livro infantojuvenil. O livro traz memórias e fatos da história do Brasil vinculados à resistência da história de africanas e africanos escravizados em nosso país, além de negras e negros brasileiros ainda pouco conhecidos por nossos jovens.

Segunda também teremos a sessão especial Educação e Música com Tarcísio Mauro Vago com musicas de compositoras, compositores, cantoras e cantores negros. Além da coluna Pensando Bem e a Agenda da Educação com os principais eventos da semana.

Todas as segundas-feiras, das 20h00 às 22h00, o programa Pensar a Educação, Pensar o Brasil vai ao ar pela Rádio UFMG Educativa 104,5 FM.

ENTREVISTA
Arte, Ciência e Bem estar na Pandemia – Pauline Ribeiro Barros
O projeto “PPGDS em Quarentena”: arte e ciência que propiciam debates e aproximações em tempos de Covid-19” começou tímida com a questão: como fazer a integração dos novos estudantes Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social da UNIMONTES que entraram no início da pandemia. Para falar sobre essa experiência de partilha, bem estar e outras reflexões nesse tempo de pandemia conversamos com a mestranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social da UNIMONTES.

EDUCAÇÃO EM DEBATE
A primeira pedra – Aleluia Heringer – EXCLUSIVO
Se ainda temos o racismo entre nós de forma estrutural e sistêmica, é porque continuamos a perpetuá-lo por meio das práticas cotidianas. Ensinar a reconhecer, respeitar e fazer valer direitos são os tópicos que precisamos ensinar e aprender.

No Mês da Consciência Negra, resistir e avançarRaquel Barreto Nascimento – EXCLUSIVO
Conhecer a sua história é o primeiro passo para que a população negra se aposse da sua negritude e se reconheça nas distintas esferas da vida social.

O som da cor e as sementes da coragem – Mauro Passos – EXCLUSIVO
O dia da “
Consciência Negra” é um convite à reflexão para estendê-lo para um amplo debate em casa, nos grupos, na mídia e na escola.

NovembroDalvit Greiner – EXCLUSIVO
No mundo existe capitalismo. E o capitalismo é o pai do racismo! É urgente matar os dois e, se necessário, os seus lacaios. Lacaios: palavra tão antiga e tão atual.

Automação e desemprego em massa e o conhecimento milenar dos povos – Tiago Tristão Artero – EXCLUSIVO
Não há uma linha clara que direcione a aplicação de tecnologias em favor de ganhos sociais, até porque o sistema que estrutura a formação do psiquismo humano, a partir da colonização, é reforçado pelas estruturas de poder, pela competição com os próprios pares e a obtenção de vantagens inconsequentemente. Isso é ensinado desde o ventre, na cultura “moderna”.

Bem/Mal-estar docente
Diante das incertezas da pandemia, professores e professoras estão enfrentando novos desafios e pressões psicológicas, dentro e fora das aulas. Nesse contexto, faz-se necessário conversar sobre as possibilidades de promoção do bem-estar docente e sobre a avaliação que o/a professor/a faz de si próprio e de suas condições de trabalho. Para falar sobre o tema, Luciano Mendes (UFMG/PEPB) recebeu Nalbar Alves Rocha (Sinpro Minas), Luciana Silva de Azeredo (PPGET / CEFET), Margareth Diniz (UFOP) e Ana Lage (UFVJM).

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BICENTENÁRIO EM FOCO
Não queremos conflitos no Centenário! Educar a mocidade baiana e celebrar a pátria – Raquel Freire Bonfim – EXCLUSIVO
O Brasil não é uno. O Brasil é múltiplo, diverso, fincado sobre uma constante apropriação do direito à terra e de um “dar de costas” aos conflitos nas fronteiras dos territórios.

Qual o símbolo da Bahia? A monumentalização de uma independência colonizadaSthéfano dos Santos – EXCLUSIVO
Repensar a disposição dos monumentos que estão postos nos espaços públicos torna-se um exercício válido para compreender os mais diversos projetos de sociedade que estavam sendo apresentados no passado e que estão sendo construídos em nosso presente.

EDUCAÇÃO E LITERATURA
Esse tal de domHellen Lima – EXCLUSIVO
Quero despertar nos meus alunos aquele desejo desenfreado de aprender, e exercer o meu legado com uma pedagogia libertadora e amável que todos possam participar.

A FELICIDADE é um trabalho interior que nasce de sentimentos, palavras e atitudes – Janayna Alves Brejo – EXCLUSIVO
“Naquele momento, a professora percebeu o quanto a felicidade se realiza por meio das pequenas coisas, dos pequenos gestos, das simples atitudes e, principalmente, a partir de uma palavra dita com o coração, na hora certa e no momento certo.”

Conexão – encantamentos do viver e do fazer educação – Ivane Perotti – EXCLUSIVO
Não desenhou camadas, a menina cresceu e construiu escadas. Escadas de acesso ao conhecimento para os inquilinos das ilusões; de acesso à liberdade para os padecentes de ignorâncias; de acesso à educação investida de vida e justiça. A menina plantou ideias; regou-as, uma a uma, com a luta insurgente; com a terra da confiança; com a insistência das almas visionárias.

CONVITE À LEITURA
O que está em julgamento no filme Os 7 de Chicago ? – Evelyn de Almeida Orlando – EXCLUSIVO
Julgamentos são políticos. Não só cíveis ou criminais. É curioso como esse é o tema central da trama e leva tempo para ser assimilado pelo próprio advogado de defesa. Por quê? Porque somos formatados para acreditar no sistema, para acreditar na forma como ele se estrutura e na forma como ele se autorrepresenta

Rastro de resistência: histórias conectadas pela luta do povo negroAlexandra Lima da Silva – EXCLUSIVO
Benedito Meia-Légua, Benkos Biohó
, Zacimba, Tereza de Benguela, Dragão do mar, Inácio, Nanny, Shanka Zulu. Todas essas pessoas estão conectadas pela luta e elas habitam bravamente o livro Rastros de Resistência: Histórias de luta e liberdade do povo negro.

EDUCAÇÃO, SAÚDE E SOCIEDADE
Deficiência de vitamina A: avaliação das ações de prevenção em Minas GeraisWanessa Debôrtoli de Miranda, Eliete Albano de Azevedo Guimarães e Zélia Profeta – EXCLUSIVO
Em algumas regiões do Brasil, as ações de suplementaçã
o da vitamina são realizadas desde a década de 1980. A partir de 2005, as ações foram coordenadas pelo Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, na Atenção Básica de Saúde.

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EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS
Educação para a coletividadeEduardo José Machado Monteiro – EXCLUSIVO
Não nos organizamos, enquanto escola, para a coletividade. A escola não está voltada para o coletivo, não tem a dimensão da solidariedade, não se preocupa com o outro, tanto aquele próximo, e principalmente quanto aquele distante.

EDUCAÇÃO, GÊNERO E SEXUALIDADES
Por outra gestão da pandemia, abandonemos a noção de “grupo de risco”Rogério Junqueira Dinize e Marco Aurélio Máximo Prado – EXCLUSIVO
A ideia de “grupo de risco” age como fator de naturalização e banalização das mortes. E at
é de um certo negacionismo da própria existência da pandemia. “Morreu porque era de risco”.

EJA EM PAUTA
Seriam os sujeitos da EJA passíveis de luto? – Nilma Coelho – EXCLUSIVO
Há “sujeitos” que não são exatamente reconhecíveis como sujeitos e há “vidas” que dificilmente – ou, melhor dizendo, nunca – são reconhecidas como vidas.

Caderno Pedagógico da EJA – Analise da Silva – EXCLUSIVO
O que buscamos foi vencer o desafio de fazer uma produção amadora, porém séria, comprometida com a Pauta Nacional da EJA e que dialoga com as dimensões formadoras de jovens, adultos e idosos de Belo Horizonte.

PESQUISA EDUCACIONAL
Cinema educativo em cena: Raymond Williams, análise fílmica e produção de um saber – Alexandro Henrique Paixão e Anderson Ricardo Trevisan – Educação Temática Digital (Unicamp)
O artigo discute o papel do cinema como ferramenta educativa e aponta a relevância de Raymond Williams na discussão sobre as relações entre cinema e educação.

EDUCAÇÃO PELO BRASIL
Algumas escolas devem adotar o ensino remoto definitivamente em 2021  – Portal EBC
No Ceará, o Conselho Estadual de Educação orienta escolas de forma que não haja prejuízos no ensino.

Covas e Doria tiraram R$ 3,4 bi da educação e matricularam crianças em creches inacabadas – Rede Brasil Atual
Dupla do PSDB que comanda a capital paulista há quatro anos enfraqueceu a educação, matriculou crianças em CEIs inacabados e não cumpriu meta de zerar a fila da creche

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CIÊNCIA E TECNOLOGIA
A gênese do pensamento – Antônio Teixeira – EXCLUSIVO
Uma ampla capacidade de aprendizagem é pré-requisito indispensável para o desenvolvimento da cultura e da ética da igualdade de oportunidade.

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AMÉRICA LATINA
La educación, en emergencia – Clarín – Argentina
Pocos municipios del país publican los datos que les sirven para definir si abren las escuelas. Es la información que nutre el “semáforo epidemiológico” que diseñó el Gobierno para que las provincias decidan cuándo y cómo volver al aula.

Hubo un retroceso en el aprendizaje social y emocional de los infantes – ABC – Paraguay
Más allá del golpe económico que sufrieron a raíz del paro de sus actividades, las docentes de los jardines de infantes están preocupadas por el retroceso que se dio en los alumnos del nivel tanto en lo social como emocional. Resaltaron que los niños que no pudieron hacer el pre-escolar este año irán al primer grado com dificultades sociales, emocionales y madurativas.

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PENSAR INDICA
Reminiscências e Afetos é um registro da história de Dona Silvinha, uma mulher cuja vida foi marcada por questionamentos à ciência sobre o nascimento, vida e morte da filha com deficiência. Dona Silvinha dedicou décadas – e muitos quilômetros – a buscar respostas sobre as condições de sua filha Lúcia, que enfrentou problemas de saúde diversos desde o nascimento, mas sem explicação médica. Da mudança de estado para buscar atendimento num centro especializado à uma formação profissional e a atuação nesse mesmo centro, a busca de Dona Silvinha por respostas não conta só uma história de dúvidas que a ciência não soube responder, mas também de laços e lembranças ainda maiores que as perguntas feitas. O Documentário será lançado no YouTube do Projeto Pensar a Educação, Pensar o Brasil no dia 01 de dezembro. Não perca!

INDICAÇÃO DO LEITOR
Priscilla Bahiense – As memórias de uma criança guardam a genealogia de uma família negra. No livro As Rosas que o Vento Leva, por meio de uma narrativa atual, Xandra Lia costura um percurso afetivo por sua memória ao trazer para jovens leitoras e leitores a possibilidade de conhecer fatos da história do Brasil vinculados à resistência da história de africanas e africanos escravizados em nosso país, além de negras e negros brasileiros ainda pouco conhecidos por nossos jovens.

OPINIÃO DO LEITOR
Evelyn Orlando em 20/10/2020 (Ciência e Tecnologia, edição 299, Por que falar de intelectuais no feminino?). Sim, Isabel! Há, ainda, um longo caminho a trilhar, mas estamos avançando nessa direção. Que sigamos assim… Obrigada pela leitura e comentário do texto! Grande abraço.

Analise de Jesus da Silva em 23/11/2020 (EJA em Pauta, edição 301, Possibilidades e desafios do trabalho da Educação das Relações Étnico-Raciais na EJA). Excelente reflexão para contribuir com o desenho de novos rumos para as práticas, Natalino!

Flavia Renata em 23/11/2020 (EJA em Pauta, edição 295, Cartografias participativas na EJA). Importante e necessária discussão: cartografias participativas na EJA. Mais uma vez, muito obrigada, por seus apontamentos que preenchem de sentido o cotidiano construído dialogicamente com os/as educandos/as na busca do acolhimento das demandas trazidas. Continue lendo.

Ronildo Geraldo da Silva em 25/11/2020 (EJA em Pauta, edição 301, Possibilidades e desafios do trabalho da Educação das Relações Étnico-Raciais na EJA). Parabéns professor! Nós docentes precisamos estar cientes desses desafios e não fugir dessa discussão tão imprescindível nas salas de aula.

Natalino Silva em 25/11/2020 (EJA em Pauta, edição 301, Possibilidades e desafios do trabalho da Educação das Relações Étnico-Raciais na EJA).
As possibilidades de trabalhar na perspectiva da ERER na EJA são inúmeras. É por isso que tomar conhecimento acerca dessa possibilidades torna-se cada vez mais urgente no processo de construção de uma educação antirracista nesta modalidade de ensino. Vamos juntes, Ana querida!

Natalino Silva em 25/11/2020 (EJA em Pauta, edição 301, Possibilidades e desafios do trabalho da Educação das Relações Étnico-Raciais na EJA). Querido Ronildo, Sei do seu compromisso profissional e ético na superação da alienação racial. Por esse motivo é que juntes esperançamos na construção de uma prática e política de EJA de caráter emancipatória. Vamos que vamos! Abraços

Carla em 26/11/2020 26/11/2020 (Convite a Leitura, edição 265, A Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire e o contraste da militarização do governo Bolsonaro). O texto é maravilhoso ,descreve muito bem a nossa realidade e como a politica de educação está sendo pensada e tratada por esse governo e outros tbm. Continue lendo.

Josiane Cristina Amorim da Silva em 27/11/2020 (Pesquisa Educacional, edição 299, Representações e escolarização das mulheres da sociedade mineira). Olá, Ana Paula Martins de Melo! Gostei muito do seu texto. O resgate do processo histórico acerca das lutas e conquistas alcançadas por nós, mulheres, ao longo do tempo, importa e muito. Continue lendo.

Josiane Cristina Amorim da Silva em 27/11/2020 (EJA em Pauta, edição 301, Possibilidades e desafios do trabalho da Educação das Relações Étnico-Raciais na EJA). Olá, Natalino Neves da Silva! Este texto suscita uma série de questões pertinentes para a elaboração de práticas pedagógicas que considerem as especificidades dos estudantes ineridos nesta modalidade de ensino. Continue lendo.

TIRINHA
Vitor Teixeira

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