Educação ambiental e comunicação social: o poder público em questão.

Vagner Luciano de Andrade

Rede Ação Ambiental

Vimos a partir do presente atestar, que educar é, sobretudo, comunicar. Neste âmbito, para fins legais, o destaque é para as atividades exercidas pelos servidores públicos lotados na GEEDA-MA/SMMA/PBH (Gerência de Educação Ambiental/Secretaria Municipal de Meio Ambiente/Prefeitura de Belo Horizonte) cujos atos consolidam-se como importante elemento de ressignificação da questão ambiental da cidade de Belo Horizonte, e entorno metropolitano, agregando informação atualizada, conhecimento e comunicação ambiental de forma democrática, inclusiva, interdisciplinar, empreendedora, com vistas a desdobramentos que construam uma nova ordem global, mais justa, sustentável e equânime. 

Para isso, a equipe, há décadas, instrumentaliza-se eticamente de meios diferentes, conectando pessoas e lugares, expondo situações e realidades, convidando à reflexão, ação e transformação. São várias atividades, abertas ao público, maiores de 16 anos, mediante observância de alguns requisitos. Ações estas que permeiam o conhecimento e tecem diálogos culturais, educativos, ecológicos, sociais, dentre outros elos formados e perpassados, mediante a observância de valores significativos. Destacamos, cadernos temáticos, consultorias, cursos, intercâmbios, oficinas, palestras, projetos, redes, visitas, dentre outros.

De formatos preteritamente presenciais à novas tecnologias do presente, a equipe se reinventa numa mútua colaboração que enfatiza o munícipe no entendimento de seu papel no mundo, principalmente no que tange, a questão ecológica. 

Neste contexto, inserem-se os agentes formados pelas múltiplas atividades interdisciplinares, multidisciplinares, transdisciplinares, mediados por diferentes caminhos comunicacionais. Neste aspecto, destacam-se as palestras técnicas, inicialmente presenciais, atualmente, em sua maioria, virtuais, que se vertem ampliando horizonte, sem desqualificar as demais atividades e estratégias pedagógicas da equipe. Denominadas oficialmente de Ambiente em Foco, apresentam temas relevantes e promovem enriquecedores debates. Já são mais de uma década e meia de intensa e rica programação agregada às demais ações da grade mensal às quais os servidores, esmeradamente se dedicam. 

Enfatiza-se aqui, o Ambiente em Foco, como uma proposta coletiva atrelada ao munícipe, no gozo de seus direitos fundamentais, apregoados por lei. O munícipe aqui é quem ouve e é ouvido. Assim sendo, as palestras ampliam os cenários e perspectivas e soma a percepção de uma urbe adequada, na qual, governo e cidadãos dialogam e enxergam conjuntamente soluções. Sem desqualificar, o mérito do servidor que propõe e convida os palestrantes, ou sem desfazer de ambos, o que se verifica nitidamente é que tais ações comunicacionais jamais podem ser propriedade de alguém, mas, sobretudo, instrumento de todos, pelo qual se transforma efetivamente à realidade. 

Finalizando, apresentam-se as argumentações de Milton Jonas Monteiro em seu artigo “Estratégias de comunicação em grupo: como se apresentar em eventos empresariais e acadêmicos”, em texto científico adaptado da autora Maria Helena da Nóbrega, doutora em Filosofia e Língua Portuguesa pela FFLCH/USP, cuja feliz escrita descreve que: as empresas, tanto públicas, quanto privadas, devido a emergencialidade dos tempos atuais, carecem de pessoas que apresentem competências comunicativas, tanto para conquista, quanto para liderança de grupos, mediações, negociações, apresentações de projetos, produtos etc. para ambos, cinco aspectos se destacam:

  • Para falar bem, use mais do que palavras;
  • Transpiração: sem o público, Inspiração: com o público; 
  • Estruturação do conteúdo; 
  • Argumentação e persuasão; 
  • Linguagem não-verbal;
  • Criação de interação;

Assim, no que pertence a falar em público, ouvir/ser ouvido – falar/ser escutado, são questões comuns que permeiam a comunicação como elemento orientador da prática, da essência e da existência humana. Neste contexto, a preparação do assunto, sua exposição, os meios de argumentação, os módulos de persuasão, os elementos de postura, bem como erros de linguagem fazem parte das preocupações comunicacionais e educativas desses apresentadores. 

Para tanto, várias são as estratégias de comunicação em grupo para se apresentar em eventos educacionais e “dar o recado”. Porém, quanto à necessidade da palestra, a mesma se materializa enquanto um conjunto de habilidades e medidas importantes para as demandas da contemporaneidade, sendo vedado, qualquer elemento que ilegalmente fira ou reduza sua concepção, autoria, autenticidade e validade frente à Legislação Brasileira. Reforçando e finalizando, palestrar e tecer roda, é propor caminhos, e buscar a verdade e não iludir, caluniar, enganar, desencaminhar o público-alvo.

 

Para saber mais: 

MONTEIRO, Milton. Estratégias de comunicação em grupo: como se apresentar em eventos empresariais e acadêmicos. Acesse aqui.

 

Imagem de destaque: mohamed hassan / PxHere

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