Maçã de barro
Ivane Laurete Perotti
à mesa serve-se a indiferença
recalcitrante úlcera social
antepasto de cobra e berro
da boca murcha e fria
ataviada em fomes
ferida e crua,
lateral
na guarnição, morango de peito nu
laço de uvas, cabedal
folhas verdes de abano
morre o amo
oficial
maçã de barro não puba
gora, o homem,
só
Matérias bem elaboradas.
Lindo o poema de Ivane !!!
E muito importante a sinalização da dependência de nossa civilização de um simples artefato !!! Preocupante ao infinito. O que será do futuro ???