Vandalismo escolar: é preciso cortar o mal pela raiz

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Marcus Periks Barbosa Krause 

O Brasil vive uma crise no ambiente educacional. Diariamente assistimos nos noticiários fatos relacionados à violência e ao vandalismo no âmbito escolar, tais como agressão verbal e física a professores e servidores, uso de drogas, casos constantes de Bullying, pichações, depredações de escolas, móveis e inutilização de livros escolares. Sousa (2003, p. 121) afirma que “a luta pela valorização do patrimônio tem seu início na própria luta pela defesa dos bens que cercam a escola”. Adolescentes e jovens precisam se conscientizar de que necessitam cuidar do ambiente em que vivem para que possam desfrutar dele de forma melhor. 

O poder público gasta muitos recursos anualmente para efetuar manutenções e reparos em prédios escolares. Os livros didáticos distribuídos nas escolas públicas mal duram um ano e logo precisam ser substituídos, quando poderiam durar mais tempo e assim economizar recursos públicos, recursos estes que poderiam ser melhor aplicados em investimentos tecnológicos como laboratórios de informática, esportes, cultura e outros projetos de relevância para auxiliar no processo ensino aprendizagem. 

A Escola é um patrimônio público, portanto, cabe não somente à comunidade escolar adotar medidas para sua preservação. Todos devem zelar por ela, isso inclui os pais dos alunos e a comunidade.

É preciso que os alunos nutram essa consciência de preservação do ambiente em que estudam. É fundamental que os pais sejam orientadores e fomentadores dessa cultura de preservação do ambiente escolar, que os pais estejam sempre presentes na escola e estejam dispostos a, voluntariamente, reparar os possíveis danos causados, acintosamente, por seus filhos ou pupilos, sem retirar a responsabilidade do poder público na manutenção dos prédios. Com isso, teremos a família de mãos dadas com a escola, o que resultará em um ambiente mais agradável e mais aconchegante para que os alunos possam estudar.

É dever não somente do poder público, a manutenção das escolas, pois não há como conceber uma escola que necessite passar por 3 ou 4 reformas anuais, para reparar danos causados por atos de vandalismo e depredação, ocasionados por quem usufrui diariamente daquela estrutura, razão pela qual, conclama-se a união de todos pela preservação do patrimônio escolar. 

Se todas as vezes que os alunos depredarem uma escola o poder público simplesmente tomar a decisão de reformar escola, sem adoção de outras medidas como campanhas de conscientização e responsabilização, achando que com isso está acabando com o problema, engana-se, é preciso acabar com o mal pela raiz, responsabilizando quem comete tais atos. A sensação de impunidade faz com que novos atos se repitam e se multipliquem no ambiente escolar, situação que pode agravar-se e resultar em atos de maior gravidade. 

É preciso haver a responsabilização dos pais de alunos, quanto ao reparo do patrimônio público escolar, quando a depredação for causada de forma intencional, por seu filho. Para tanto, devem as unidades escolares adotarem os ritos legais, conforme preceitua o Estatuto da Criança e Adolescente, em seu artigo 112, de modo que o adolescente entenda que seus atos têm consequências e precisará arcar com elas, todas as vezes que incorrer em questões relacionadas a atos infracionais.  


Imagem de destaque: Freepik

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