Saudação ao Cortejo da Vida!

Editorial da Edição 316 do Jornal Pensar a Educação em Pauta

Como tem sido praxe neste governo da República, nas últimas semanas temos acompanhado os processos de destruição dos órgãos de Estado e das políticas públicas que, ao longo das últimas décadas, nos ajudaram a qualificar a educação brasileira. O Programa Nacional de Livro Didático – PNLD, o ENEM, a CAPES, o INEP… Isso para não dizer o MEC inteiro, tudo está sendo destruído, ou, o que é pior ainda, sendo movimentado para dar guarida a interesses de grupos privados e/ou reacionários que representam o que há de pior no país.

Se, por um lado, nada disso nos surpreende mais, inclusive porque o atual Presidente da República, por diversas vezes disse que #ELENÃO veio construir nada, e sim destruir tudo, por outro lado, chama a atenção que a expressiva parcela de empresários, das mídias e das camadas médias que o apoiam nessa sanha destrutiva, violenta e antidemocrática. Há, inclusive, que se fazer esforço analítico e político maior para entender que, mesmo fazendo um governo genocida e que leva a um aumento expressivo de nossas desigualdades, parcela considerável da população mais pobre apoie Bolsonaro e seus aliados em todo o Brasil.

Passado esse governo genocida, banidos da política e do convívio social os milicianos de vários matizes que se locupletam com os recursos públicos que deveriam salvar vidas, vamos demorar décadas para reconstruir e reinventar o país. Materialmente, o país sairá da pandemia e desse governo muito pior do que entrou; oxalá o mesmo não ocorra com as demais dimensões da vida das pessoas que habitam esse território chamado Brasil! E para que isso não ocorra, é preciso esforço, empatia e trabalho!

O olhar que observa a destruição não pode, entretanto, parar por aí. Há, aqui, ali e alhures, muitas iniciativas que visam a evitar que se aprofundem a destruição e  as desigualdades e aumentem as mortes. São profissionais das mais diversas áreas que, assumindo a responsabilidade de funcionários públicos, agem,  a despeito dos comandos das autoridades da República. Mas são também milhares de centenas de pessoas e movimentos que, não se negando a fazer da solidariedade um negócio, agem para manter vivas as pessoas e suas esperanças de dias melhores.

São estes movimentos  e estas pessoas que honram a memória das mais de 362 mil pessoas que perderam suas vidas pela Covid e das muitas outras que faleceram devido às políticas genocidas desse governo. São eles e elas também que nos garantem que haverá de amanhecer e que dias melhores virão! É sempre tempo de saudar o Cortejo de Vida, o cortejo à vida que essas pessoas e movimentos representam! Saudemo-los então!


Imagem de destaque: Fotos Públicas / Caco Argemi / CPERS – Sindicato

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Saudação ao Cortejo da Vida!

Como tem sido praxe neste governo da República, nas últimas semanas temos acompanhado os processos de destruição dos órgãos de Estado e das políticas públicas que, ao longo das últimas décadas, nos ajudaram a qualificar a educação brasileira. O Programa Nacional de Livro Didático – PNLD, o ENEM, a CAPES, o INEP… Isso para não dizer o MEC inteiro, tudo está sendo destruído, ou, o que é pior ainda, sendo movimentado para dar guarida a interesses de grupos privados e/ou reacionários que representam o que há de pior no país.

Se, por um lado, nada disso nos surpreende mais, inclusive porque o atual Presidente da República, por diversas vezes disse que #ELENÃO veio construir nada, e sim destruir tudo, por outro lado, chama a atenção que a expressiva parcela de empresários, das mídias e das camadas médias que o apoiam nessa sanha destrutiva, violenta e antidemocrática. Há, inclusive, que se fazer esforço analítico e político maior para entender que, mesmo fazendo um governo genocida e que leva a um aumento expressivo de nossas desigualdades, parcela considerável da população mais pobre apoie Bolsonaro e seus aliados em todo o Brasil.

Passado esse governo genocida, banidos da política e do convívio social os milicianos de vários matizes que se locupletam com os recursos públicos que deveriam salvar vidas, vamos demorar décadas para reconstruir e reinventar o país. Materialmente, o país sairá da pandemia e desse governo muito pior do que entrou; oxalá o mesmo não ocorra com as demais dimensões da vida das pessoas que habitam esse território chamado Brasil! E para que isso não ocorra, é preciso esforço, empatia e trabalho!

O olhar que observa a destruição não pode, entretanto, parar por aí. Há, aqui, ali e alhures, muitas iniciativas que visam a evitar que se aprofundem a destruição e  as desigualdades e aumentem as mortes. São profissionais das mais diversas áreas que, assumindo a responsabilidade de funcionários públicos, agem,  a despeito dos comandos das autoridades da República. Mas são também milhares de centenas de pessoas e movimentos que, não se negando a fazer da solidariedade um negócio, agem para manter vivas as pessoas e suas esperanças de dias melhores. 

São estes movimentos  e estas pessoas que honram a memória das mais de 362 mil pessoas que perderam suas vidas pela Covid e das muitas outras que faleceram devido às políticas genocidas desse governo. São eles e elas também que nos garantem que haverá de amanhecer e que dias melhores virão! É sempre tempo de saudar o Cortejo de Vida, o cortejo à vida que essas pessoas e movimentos representam! Saudemo-los então!


Imagem de destaque: Fotos Públicas / Caco Argemi / CPERS – Sindicato

 

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