Promessas que não acabam nunca

Marcus Periks B. Krause  

Estamos nos aproximando de mais um período de campanha eleitoral em nosso país. Como sempre, todo ano surgem em nossas portas candidatos e candidatas com promessas maravilhosas, afirmando que irão pôr fim ao analfabetismo, acabar com a evasão escolar, modernizar as escolas, ampliar o número de vagas nas creches, construir novas escolas, melhorar a qualidade da merenda escolar, etc. As promessas são tão tentadoras que chegam a conquistar o voto do eleitor. Ocorre que, na grande maioria das vezes, muitas destas promessas sequer saem do papel, ficam apenas registradas no sistema do Tribunal Superior Eleitoral como plano de governo daquele candidato ou candidata.

Nos palanques eleitorais é possível ouvir o discurso inflamado do candidato ou da candidata, afirmando que é um absurdo a situação da educação em nosso país, que é um absurdo ainda termos escolas funcionando em barracões ou casa de taipa, mas quando estes candidatos chegam ao poder não se observa, na educação, a prometida revolução defendida em seus palanques.

A história se repete ano após ano, governo após governo e nosso país continua a amargar posições não agradáveis em rankings de avaliação da educação no mundo. No Brasil temos aproximadamente 11 milhões de analfabetos, segundo dados da PNAD contínua de 2019. Ainda, em uma avaliação sobre educação (PISA), que engloba 65 países, o Brasil encontra-se na posição 53ª. Isso prova o quanto precisamos avançar para termos uma educação verdadeiramente de qualidade.

Os dados acima demonstram o quanto o Brasil está longe de ser primeiro mundo em educação, o que nos faz refletir sobre a atuação de nossos gestores públicos e legisladores, que apenas apresentam promessas e mais promessas em campanhas eleitorais, porém os avanços na educação destoam dos seus planos de governo.

Muitos, quando chegam ao poder, apresentam inúmeras desculpas na tentativa de justificar a não execução de seu plano de governo na área da educação. Outros ficam no jogo de empurra empurra entre governos estaduais, municipais e federal. Enquanto isso, a educação segue da mesma forma, com pouquíssimos avanços que não conseguem alavancar o país das últimas posições mundiais de avaliação da educação, e quem mais sofre com tudo isso são os milhares de crianças e adolescentes que vão crescendo em meio a esta triste realidade.


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