Terceiro ato unificado em defesa da educação na capital mineira mobilizou diversos setores contra a reforma da previdência, os cortes na educação, o programa Future-se e outros atos dos governos de Jair Bolsonaro e Romeu Zema.
Yolanda Assunção
Na última terça-feira, 13, a Educação brasileira ocupou mais uma vez as ruas do país. O 3º Tsunami da Educação reuniu estudantes, professores, gestores, políticos e defensores da educação para mais um dia de paralisação das atividades e protestos contra ações governamentais, nas instâncias municipal, estadual e federal, que afetam a educação.
Em Belo Horizonte as atividades começaram com assembleias de profissionais das redes Municipal e Estadual de educação. Entre os educadores da Rede Municipal foi destaque a discussão sobre a demissão de trabalhadores terceirizados da rede e o concurso da prefeitura para as funções. Além disso, os professores de Belo Horizonte também discutiram a campanha salarial da categoria e a reforma da previdência. Já os profissionais da rede estadual realizaram assembleia para discutir a reforma da previdência e o regime de recuperação fiscal proposto pelo governo de Romeu Zema, além de votar a agenda do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais para o semestre. Para a coordenadora Geral do Sind-UTE Minas, Denise Romano, esse é um movimento de “unidade, resistência, e construção de um futuro melhor para Minas Gerais”.
Depois das assembleias, os profissionais se juntaram a professores e estudantes de outros setores e instituições na Praça da Assembleia na área central da cidade, onde se concentraram para mais um dia de mobilização nas ruas. Além da luta contra a reforma da previdência e os cortes no orçamento da educação, o ato desta semana ainda levantou uma nova bandeira: o programa Future-se, proposta do Ministério da Educação para as Instituições Federais de Ensino. A proposta, que ficou aberta até ontem para consulta pública, já foi criticada por mais de 40 Universidades e Institutos Federais, sendo que a UFRJ já anunciou a não adesão ao programa e o conselho universitário da UFMG também indicou a rejeição após um grupo de trabalho da instituição avaliar que o projeto não traz nenhuma certeza sobre o que de fato será implementado e efetivado nas instituições federais de ensino. A obscuridade do projeto também preocupa a presidente do Sindicato dos Professores de Universidade Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco, a professora Stella Goulart. “O Future-se não traz inovação nenhuma. É um projeto insustentável. O que precisamos mesmo é garantir a superação desses cortes absurdos com o qual o governo está colocando as instituições de joelhos e depois forçando uma negociação falsa” afirma.
A manifestação de Belo Horizonte caminhou em direção ao hipercentro da cidade e, no caminho, reuniu membros do Movimento Estudantil. Para Tiago Marques, estudante do IFMG Campus Ribeirão das Neves, “a união dos estudantes contra os cortes e governo Bolsonaro é muito importante, por isso estamos na rua. É importante mostrar que temos vozes e que elas devem ser ouvidas”. A participação dos estudantes também foi destacada pelo Bruno Abreu Gomes, secretário do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (SINDIBEL). Para ele, ao lado de professoras e professores, os estudantes são responsáveis pelo ânimo para a luta dos trabalhadores brasileiros. “Os estudantes reacenderam a esperança do povo brasileiro. Animaram o povo para lembrar que a extrema direita, o fascismo de Bolsonaro não são a única alternativa que nós temos” declarou o médico.
Outras categorias participaram do protesto contra as políticas de Bolsonaro e Romeu Zema, especialmente os servidores da Companhia Energética de Minas Gerais, a CEMIG. A manifestação realizou um ato em frente à sede da empresa, que pode ser privatizada pelo governo do estado. “Os trabalhadores da Educação se uniram também em torno da defesa da CEMIG. Por isso nós, trabalhadores da indústria energética, nos juntamos a eles. Hoje é um importante dia de luta contra o sucateamento das estatais e da educação de Minas Gerais” declarou o Coordenador Geral do Sindieletro-MG, Jefferson Silva.
A manifestação seguiu até a Praça da Estação onde outras entidades e movimentos sociais realizaram no início da noite manifestações públicas contra o Governo Bolsonaro.
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