Pose: porque vidas trans importam

Alexandra Lima da Silva

Na lista das melhores séries que eu assisti durante a quarentena em 2020, Pose ocupa o primeiro lugar, com folga. Criada por Ryan Murphy, a série estreou em junho de 2018 e a primeira e a segunda temporada encontram-se disponíveis no streaming Netflix. 

Protagonizada por mulheres negras trans, a trama é ambientada na cidade de Nova York no final da década de 1980, e aborda os desafios de uma comunidade LGBTQ, como a luta por reconhecimento de suas identidades, aceitação no mercado de trabalho, e a afirmação por meio da cultura de luxo e ostentação dos bailes e do concurso de desfiles. 

Pose é uma palavra retirada da música Vogue, de Madonna, e, certamente, a trilha sonora é mais um dos pontos fortes da série, que também se destaca pelo cuidadoso figurino e maquiagem.

A epidemia de AIDS e a violência e preconceitos vivenciados pelas pessoas trans são temas que atravessam a série, de forma sensível e comovente. 

Vidas trans são belas, vidas trans merecem respeito, vidas trans importam,  foram essas as principais mensagens que a série me deixou. Aguardo ansiosa pela terceira temporada. Preciso reencontrar as deslumbrantes Blanca, Angel, Elektra, e todas essas incríveis personagens, as quais é impossível não se apaixonar.

Vida longa para Pose, pois se “a vida é um baile, então venha para a pista de dança” (“Life’s a ball, so get up on the dance floor”).

Para saber mais:

Pose. Ryan Murphy, 2018-2019, Netflix.


Imagem de Destaque: Netflix/Divulgação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *