O Governo quer matar a Educação Básica!

Sander Palmer

Se passaram quatro anos da sanção da PEC 55, ou mais conhecida como PEC do Fim do Mundo. Com o limite de gastos, a educação brasileira, principalmente a educação pública, tem seus investimentos estagnados, a paralisação dos agentes educacão, e o aumento das desigualdades educacionais no país.

O texto “A Pesquisa em Eficácia Escolar no Brasil: Evidências sobre o efeito das escolas e fatores associados à eficácia escolar.” da professora Maria Tereza Gonzaga Alves e do professor Creso Franco, apresenta diversos fatores que são essenciais para uma melhora no ensino. Os autores deste texto, assim como outros diversos pesquisadores, pontuam que os investimentos em infraestrutura, formação e salário docente, autonomia da direção e da equipe pedagógica, além da reconstrução de um currículo que compreenda as diversidades, e que fortaleça as singularidades, são essenciais para reduzir as desigualdades no ensino.

A educação faz parte do sujeito, é por ela que somos capazes de construir um novo ambiente, de compartilhar vivências, é por ela que somos capazes de exercer a cidadania. Como diz bell hooks: “A academia não é o paraíso. Mas o aprendizado é um lugar onde o paraíso pode ser criado. A sala de aula, com todas as suas limitações, continua sendo um ambiente de possibilidades. Nesse campo de possibilidades temos a oportunidade de trabalhar pela liberdade, de exigir de nós e dos nossos camaradas uma abertura da mente e do coração que nos permita encarar a realidade ao mesmo tempo em que, coletivamente, imaginamos esquemas para cruzar fronteiras, para transgredir. Isso é educação como prática da liberdade”. (Ensinando a transgredir, p.273)

Bell hooks, Paulo Freire, Dom Pedro Casaldáliga, são educadores que nos dão esperança, que é necessário lutar pela educação, mesmo em tempos sombrios. A educação batalha para florescer em solo embrutecido. Enfim, ser educador no Brasil é lutar todos os dias pelo direito de educar, direito que tem sido cerceado a cada dia por este governo.

Nesta semana, o Ministério da Educação (MEC) anunciou cortes dos recursos da educação para o ano de 2021. A educação básica lidera o volume de cortes, e será a maior prejudicada neste processo. A educação básica é um direito, por ela é possível oferecer novos olhares, e de transformar vidas. É necessário lutar por estes direitos, lutar por uma educação de qualidade, e pelos investimentos, lutar pelos sujeitos que são invisibilizados por práticas pedagógicas atrasadas. É necessário lutar, para que a educação básica não morra nas mãos deste governo.


Imagem de destaque: Pedro Cabral

 

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