Vivemos o absurdo dos milhares de retrocessos que assustam a cada dia. A “ditadura” voltou com aval de muitos brasileiros. Como diria certa ministra: “inicia-se uma nova era no Brasil, onde menino veste azul e menina veste rosa”. Pasmem! Eu visto a cor que eu quiser e se quer saber visto o branco da paz, a essência que me refaz.
Chaplin afirmava que a cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e faz a humanidade marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Para ele, criou-se a época da produção veloz, mas o ser humano se enclausurou dentro dela. A mesma máquina, que produz em grande escala, provoca a escassez. O conhecimento tornou o homem cético; e a inteligência, o fez empedernido e cruel levando-o a pensar em demasia e sentir bem pouco. Para Chaplin, o caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém, o homem desviou-se dele, totalmente.
A realidade está aí, “nua e crua” restando aos mesmos homens consolidar contribuições e/ou transformações que efetivem uma nova ordem social, mais justa, harmônica e sustentável. Hoje resta a esperança de mobilizações em prol de novos paradigmas, novas concepções, novos estilos e novos modelos societários. Certa vez a antropóloga Margareth Mead (1901-1978) observou que era importante nunca duvidar da capacidade de um pequeno grupo de determinados cidadãos para mudar os rumos do planeta, pois essa era talvez a única possibilidade de que isso se efetivasse.
A sociedade brasileira tem demonstrado isso nas manifestações em todo país ocorridas a partir da segunda quinzena de junho/2013, em plena realização da Copa das Confederações. Mas agora, a coletividade do Brasil encontra-se em dissolução. Homem e natureza encontram-se em dilapidação. O lugar da universidade por ser o eixo estruturante dos estudos acerca do homem e também da natureza se veem descontruído paulatinamente. A utilização das tecnologias, das redes sociais criou resistências que ameaçam à diversidade, à afetividade e à sexualidade. Vivemos o bombardeio das fakenews.
O conjunto dos homossexuais, mulheres e negros, de suas necessidades e comportamentos passou a ser visto como algo oposto ao conceito de gente, gerando argumentos e práticas cruéis, excludentes e desumanas. Geralmente, essas práticas fazem parte dos processos desencadeados pelas classes que se jugam superiores. Questões emergenciais consolidam a urgência de um novo projeto de coletividade, mas equânime e adequado.
Na prática educativa contemporânea, na área de geociências pode-se avançar no fazer interdisciplinar no que tange a projetos socioambientais, por vezes bem-sucedidos. Com que sociedade presentearemos as futuras gerações? Uma paisagem cultural homoafetiva é uma prerrogativa que a educação dispõe para evidenciar a diversidade, afetividade e sexualidade enquanto processos significativos que incluem, ao invés de excluir.
Na ótica da geografia cultural contemporânea, os estudos da paisagem cultural e abordagens territoriais relacionadas aos homossexuais e seus direitos são escassos sendo imprescindível analisar e reinterpretar as relações entre o mundo de gays e lésbicas e o universo/substrato cultural que os acolhe ou excluí. Sabe-se que o homossexual tem diversas interpretações regionais pelo Brasil e pelo mundo. Há países, em que eles podem ser condenados à pena de morte. Isso é uma violação explícita dos acordos internacionais que versam sobre os direitos humanos.
Sobre a paisagem cultural homoafetiva, sabe-se que sua ampliação se dá em grandes centros urbanos através de espaços de identidade como ruas, boates e saunas. As famosas Paradas do Orgulho LGBT efetivam a apropriação de espaços públicos que se vestem de cores e gritam por respeito e dignidade. Mas o assunto ainda é restritivo em realidades rurais. Assim, a educação deve problematizar o tempo e o espaço do homossexual brasileiro em suas inserções agrárias e urbanas, trazendo para a sala de aula a discussão em torno do conceito de homossexualidade, enquanto condição de afetividade e de diversidade. O assunto é talvez mais adequado aos estudantes do ensino médio, mas pode ser pensando junto aos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, conforme proposto no quadro abaixo, num contexto de Projetos Interdisciplinares:
- Artes, Cultura e Homossexualismo;
- O gay na Ciência, na Biologia e na Ecologia;
- Saúde e Segurança de Homossexuais;
- Diversidade, Esporte e Lazer;
- Religiosidade e Sexualidade;
- Filosofia, Homossexualismo e Ética;
- Cientistas Gays na área da Física;
- Aspectos Geográficos da Homoafetividade;
- A Mobilidade social gay;
- Turismo gay e suas representações;
- História da Homossexualidade;
- Inglês, Musicalidade e Sexualidade;
- Literatura, Homoafetividade e Diversidade;
- Gays no mundo da Economia e da Matemática;
- Comunicação para a Diversidade Sexual;
- Cientistas Gays na área da Química;
- Sociologia do Homossexual;
- Direitos dos Homossexuais;
- O Homossexual e o mundo do Trabalho;
Imagem de destaque: Paulo Pinto/Fotos Publicas
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