Recriar, reviver, reeducar, rever, resistir

Ana Clara Santos Reis

 

O período de volta às aulas presenciais tem sido desafiador para estudantes e professores. Dessa forma, os elementos espalhados pelas mechas da aluna ilustram a história que contaremos às futuras gerações: os papéis, agora numa posição de menos destaque, o notebook em ascensão, o álcool usado com frequência, o calendário, que marca a passagem, muitas vezes angustiante, dos dias, a silhueta sofrendo, talvez por essa angústia e as pessoas com mochilas, vencendo o estágio das aulas remotas. Por fim, um livro, destacado dos demais emblemas, representa o apoio e a instrução que encontramos nas obras, em especial, destaco a minha favorita, o conjunto de cartas amorosas de um Pai a uma filha: a Bíblia. Além disso, as palavras, ao lado do desenho, em folha pautada, marcam a dualidade do momento presente: queremos reviver o que deixamos para trás, contudo não existe o “re”, só o verbo, que deve ser conjugado, na arte, na vida, na educação e na visão. O que há é resistir, já que se sobrevivemos e vivemos até aqui é porque há resistência. Os números no colar marcam o ano da nossa insistência: 2021, o ano de (re)começar.

 

1 – Ana Clara Santos Reis: Ana Clara, aluna que desenha desde que se entende por gente e que agora cursa o 2° ano do Ensino Médio.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *