O que fazer quando o tão sonhado e planejado pós-doutorado em Paris se transforma em meio a uma inesperada pandemia? Voltar para casa? Permanecer, mergulhar de cabeça nesta experiência única e imprevisível?
A fotografia foi o caminho escolhido pela professora Evelyn de Almeida Orlando para sobreviver numa cidade que, antes cheia de vida e cores, se transformou num deserto, com ruas vazias. De forma generosa, Evelyn compartilha essa interessante experiência no recém-lançado livro Os dias que Paris ficou em silêncio: memórias em fotografia do cotidiano na pandemia de COVID-19. Com prefácio de Cláudio de Sá Machado Jr, o livro “constitui-se numa forma particular de expressão e de apropriação da autora diante da cidade, da experiência e das circunstâncias inéditas que a vida a levou a experimentar” (p. 4).
Na minha leitura, o livro é um refúgio compartilhado. A captura dos momentos pela fotografia, assim como a escrita, a pintura, a música, a dança e as artes de modo geral, tem o poder da cura. Também com a fotografia a vida se torna eterna. E sim, ao terminar de ler este livro, fiquei com vontade de voltar a Paris, cidade-poesia, mesmo quando vazia e em silêncio.
Acesse o livro aqui.