Vol. 9, Nº 324/Julho de 2021- sexta-feira, 09.

EDITORIAL

Curricularização da Extensão Universitária

É por isso que a curricularização da extensão significa que a universidade ampliará a sua capacidade de relação com a sociedade e poderá fazer mais para contribuir com a solução de desafios impostos à nossa humanidade. A maior presença da extensão nos currículos permitirá, ainda, que os alunos se formem, ao longo do seu curso, em sintonia com a vida e com as questões que desafiam as políticas públicas, as famílias, as relações de trabalho e o meio ambiente.

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NAS ONDAS DA EDUCAÇÃO
O programa Pensar a Educação, Pensar o Brasil realiza, no mês de julho, continua com a série especial sobre educação em tempos de pandemia. Conversaremos com Marcelle Amador, professora da rede pública em Ribeirão das Neves e Vespasiano.A sessão especial #MídiaNaEscola aborda a iniciativa de uma escola pública na produção de uma rádio online. O programa conta ainda com a coluna Valorizando o Saber, parceria com o APUBH, e a coluna Pensando Bem, parceria com o SindUTE-MG.

Todas às segundas-feiras, das 20h00 às 22h00, o programa Pensar a Educação, Pensar o Brasil vai ao ar pela Rádio UFMG Educativa 104,5 FM.

EDUCAÇÃO EM DEBATE
A escola é mais do que um lugar de aprendizagem, é um lugar de proteção – Marcus Periks Barbosa Krause – EXCLUSIVO
Muitos efeitos negativos já podem ser vistos, pois a escola é um “mundo” e lá não apenas se compartilham conteúdos curriculares, mas, para muitas crianças, é um abrigo seguro, longe de vários tipos de explorações, quer sejam sexuais ou de trabalho infantil, bem como de agressões físicas e psicológicas.

Ensino de Língua Adicional: desafios no ensino EaD em contexto pandêmico – Franciele Maria Martiny, Laura Janaina Dias Amato, Mayara Cristina Dias e Milena do Carmo Lima – EXCLUSIVO
Neste cenário de incertezas e injustiças, nós, estagiárias do curso de extensão Português Brasileiro e Cultura na Fronteira para Migrantes e Refugiados ofertado pela UNILA, nos deparamos com um desafio enorme de preparar aulas significativas e dinâmicas para os estudantes.

O (re) abrir-se das escolas – Patrícia Gonçalves Nery e Ana Paula Braz Maletta – EXCLUSIVO
Os possíveis e os impossíveis, os brados e os silenciamentos e ainda o enfrentamento da invisibilização e da caricaturarização das ações docentes em meio à sociedade. Neste contexto de retorno presencial às escolas, os receios e as ansiedades provocados pelo medo do vírus, pelas dificuldades impostas por 1 ano e 3 meses de distanciamento físico se intensificaram.

Por mais estudantes e menos alunos – Alexandra Lima da Silva – EXCLUSIVO
Agora docente em um curso de Pedagogia e em um programa de Pós-Graduação, me causa estranheza quando me deparo com a expressão “nossos alunos”, em cursos majoritariamente ocupados por mulheres.

Educação para a paz – Eugênio Magno – EXCLUSIVO
A manutenção da paz, por exemplo, é uma prática corrente que impede a violência usando a força, enquanto a pacificação é a busca da resolução de conflitos através da comunicação, e a construção da paz é um processo de se evitar a violência ensinando a não-violência e promovendo a justiça social.

BICENTENÁRIO EM FOCO
Tornar-se professor(a) no Piauí: diferentes percursos e representações – Ana Maria Gomes de Sousa Martins – EXCLUSIVO
O desejo e a necessidade de tornar-se professor(a), de profissionalizar-se, em um estado onde as escolas de primeiras letras datam de 1757, apresentam especificidades que são desveladas e conhecidas graças ao empenho incansável de pesquisadores(as) que se aventuram em busca de fontes, as vezes de difícil acesso ou que por descuido são destruídas ou silenciadas com o passar dos anos.

EDUCAÇÃO E LITERATURA
Os bilreiros de março (Parte III) – Ivane Perotti – EXCLUSIVO
A operária da educação sorriu. Agradeceu e recolheu-se. A casa que era escola, abrigava redes dentro e fora. As paredes de barro pisado davam lugar para o vento e a lua. Pouquinho mais do que brisa. Úmido. Anunciava a estação em mudança. Até julho, as águas estariam altas. Depois, iriam descer. Devagar.

O Diabo, a Literatura Fantástica e a Economia – Rafael Muller – EXCLUSIVO
Mostrar que as coisas do mundo real não são tais quais organizadas nos discursos prontos oficiais é outra das funções pedagógicas da literatura satírica de Bulgákov. Isso fica explícito em uma passagem logo ao início do texto, quando diferentes instituições apresentam informes sobre a pessoa do diabo woland.

O Professor e As Rosas – Alexandre Azevedo – EXCLUSIVO
Era íntimo das mulheres, como um amante. Tratava Cecília Meireles como Ceci; Cora Coralina era apenas Cora. Clarice, Rachel e Lygia. Deixava escapar algumas lágrimas, quando nos contava histórias trágicas sobre Cruz e Sousa, sobre Augusto dos Anjos, sobre Lima Barreto, sobre Raul Pompeia.

CONVITE À LEITURA
Um convite a Raymundo Souza Dantas: o primeiro embaixador brasileiro negro – Alexandra Lima da Silva – EXCLUSIVO
Um começo de vida, publicada em 1949 e que bem merece uma nova edição, Souza Dantas conta que era filho, neto e bisneto de analfabetos e que tendo enfrentando o racismo na escola, conseguiu se alfabetizar aos 18 anos. A vida não foi fácil para ele.

EDUCAÇÃO, SAÚDE E SOCIEDADE
Foi no quintal que aprendi sobre ciência – Fabiana Damásio – EXCLUSIVO
A ciência conecta saberes, memórias, experiências. A ciência convida para a construção da unidade no desenho de evidências. É sobrevivência, memória coletiva, ação, coexistência. A ciência é resposta e também é pergunta.

EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS
Militarização das escolas, a eliminação da alteridade – Carlos Alberto de Moraes e Danilo Carlos de Moraes – EXCLUSIVO
O que significa, precisamente, “militarização de escolas”? Significa que os governos podem repassar a gestão das escolas civis públicas para os militares. Ou seja, o governo pode operar diligências no sentido de autorizar que a gestão administrativa ou pedagógica ou disciplinar (ou mesmo administrativa, pedagógica e disciplinar) seja realizada pela polícia.

EDUCAÇÃO, GÊNERO E SEXUALIDADES
(Des) educação queer: (re)existência em tempos sombrios – Kaio Cesar Pacheco – EXCLUSIVO
o que dizer de um presidente que durante a pior crise sanitária dos últimos anos faz afirmações como: “não sou coveiro”, “e daí?”, “país de maricas”, “é só uma gripezinha” (Folha, 2021). São frases ditas ao acaso? De fato, quando observamos a conjuntura brasileira, entendemos que esses discursos se articulam em aliança a uma racionalidade necropolítica.

ESPAÇO FREIREANO
Inscrições abertas: “100 anos de Paulo Freire: esperançar em tempos de barbárie – Débora Souza Gomes – EXCLUSIVO
Em comemoração ao centenário do educador Paulo Freire, a Universidade Emancipa (Centro Nacional de Formação em Educação Popular da Rede Emancipa) em aliança com a Universidade Federal do ABC (UFABC) abre as inscrições para o curso online gratuito: “100 anos de Paulo Freire: esperançar em tempos de barbárie”.

EJA EM PAUTA
Reforma do Ensino Médio e o fim do futuro dos educandos na EJA – Analise da Silva – EXCLUSIVO
No cotidiano escolar, muitas vezes, a diversidade é tomada como sinônimo de desigualdade, acirrando as assimetrias sociais que reiteram o processo de exclusão e de negação dos direitos. Dentre eles, o direito à Educação de Qualidade Social.

LIVRE EXPRESSÃO
Carta ao preconceituoso – Ana Clara Diniz Martins Machado – EXCLUSIVO
O problema está no outro, ou será que em você / Se a empatia tá difícil, respeitar e seu dever.

Direto do baú do isolamento – Valter Machado Fonseca – EXCLUSIVO
São em tempos como esses que surge a oportunidade ímpar de se fazer o balanço de nossas existências, daquilo que talvez nos seja mais caro, daquilo que habita a intimidade mais oculta de nossas consciências.

EDUCAÇÃO PELO BRASIL
8 em cada 10 adolescentes já presenciaram violência escolar – Revista Educação
Nas redes sociais a proporção é de 9 para 10, aponta pesquisa da Alesp, governo de SP e Unicef.

MEC ainda não gastou nada de R$ 1,22 bi que tem para estruturar escolas para a volta das aulas presenciais, diz relatório – Jornal da Ciência
A Comissão Externa de acompanhamento do Ministério da Educação afirma que recursos também poderiam ser usados para a conectividade de alunos.

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PENSAR INDICA
Na próxima segunda-feira, dia 13 de julho, o “E por falar em ciência”, live quinzenal do Observatório da Comunicação Pública da Ciência organiza um bate papo sobre “Desigualdades de gênero e raça na academia: percursos de mulheres negras” e conta com a participação de Mayra Bernardes, doutoranda em Comunicação na UFMG, Cida Moura, professora da UFMG e diretora da Universidade dos Direitos Humanos, Viviane Alves Viviane Alves, professora da UFMG e do Programa de Pós-Graduação em Microbiologia e Catarina de Almeida é professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília e membra da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. A live acontece às 10h, no Youtube do Pensar Educação, Pensar o Brasil.

INDICAÇÃO(A) DO LEITOR(A)
João Victor Oliveira – O XXIX Colóquio da AFIRSE Portugal, com o tema A Educação e os Desafios da Sociedade Contemporânea – Contributos da Investigação, realizar-se-á em regime presencial, nos dias 9, 10 e 11 de fevereiro de 2022, no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Acesse aqui.

OPINIÃO DO(A) LEITOR(A)
Bárbara Torres Versieux em 02/07/2021 (Infâncias em Pauta, número 321, As crianças e a cultura popular na escola). Excelente! Isso mesmo, que estar em casa não seja um impecilho para fazer a festa acontecer. Obrigada pelo chá de ânimo, é importante estar em contato com aquilo que fortalece o que acreditamos.

Analise da Silva em 02/07/2021 (EJA em Pauta, número 323, Sob a ordem lúgubre do dia… Ainda assim, pedimos: esperancemos!). Esperancemos, mesmo sabendo que quando passar a pandemia sanitária e o pandemônio político mais de meio milhão dos nossos não estarão conosco para comemorar.

Natalino Silva em 02/07/2021 (EJA em Pauta, número 323, Sob a ordem lúgubre do dia… Ainda assim, pedimos: esperancemos!). Sigamos nesta luta pelo o direito à vida, companheirada! Como diria Conceição Evaristo: “Eles querem nos matar, mas nós combinamos: não vamos morrer”. A EJA popular negra, agradece.

Douglas em 03/07/2021 (Livre Expressão, número 319, Pequena Flor). Lindo quando as paredes virtuais se rompem e reverberam em cantos tantos outros… Lindo quando a resiliência forte, como a destacada no texto, encontra a doçura delicada de produção que poetiza e, ao fazê-lo, abriga-nos em esperança. Que a poesia nos seja sempre abraços em respirada. Muito obrigado pela partilha.

Douglas em 03/70/2021 (Educação e Literatura, número 319, Cadê as mães?). Nada como a habilidade de, sob sátira afinada, nos levar às reflexões necessárias; apontando-nos os perigos que, despercebidos, estão logo ali na esquina, ou melhor, em nossos quartos, celulares, dia a dia… Um primor! Em tempo, e sob as devidas e necessárias ressalvas: incrível como, ainda hoje, pai (homem-cis-hétero) na reunião de escola para discutir a educação de seus filhos se enquadra bem em sátira.

TIRINHA
Cartunista Das Cavernas – Gilmar