No programa de rádio dessa segunda-feira vamos receber a Thais Teles, do MaternAtiva:
“Somos uma coletivA de mães (e apoiadoras) que circulam pelo espaço da Universidade Federal de Minas Gerais. Nossas ações são de intervenção pelo acesso, inclusão, permanência e convivência de mães e crias na vida universitária.
Você sabia que não existe nenhum espaço de cuidado e acolhimento às crianças pelo campi? Você sabia que não existe licença maternidade durante a graduação? Você sabia que se uma puérpera aciona o direito ao regime especial de atividades curriculares domiciliares sua bolsa de pesquisa ou de extensão é cortada?
Maternidade não é ônus! É o pensamento patriarcal impregnado em sociedade que produz a sobrecarga feminina e materna. Nós somos sim, muito produtivas. Fazemos pesquisa e gente. Nós literalmente produzimos o futuro da sociedade, a partir de um modelo social que não valoriza a maternidade. O que nos falta é política pública que proteja-se e garanta direitos para que sejamos inteiras. A produtividade de uma mulher mãe universitária não cai, mas sim a sobrecarga materna aumenta ao passo que os direitos diminuem. É hora de revisar a narrativa do “ônus da maternidade” e encará-lo como o que é: desigualdade de gênero e raça.
Maternidade é lugar de potência. Infância é futuro. Universidade é direito. Colabore fortalecendo sua universidade a partir do acolhimento de mulheres-mães!
Ações Afirmativas para mães nas universidades são mecanismos de justiça social e de fortalecimento da Universidade enquanto instituição pública.
Você já apoiou uma mulher-mãe na universidade hoje?”