Maudie: a arte como abrigo

Alexandra Lima da Silva

A vida em quarentena colocou a importância do autocuidado e da saúde mental em cena. Foi esse meu interesse inicial para assistir ao filme Maudie, sua vida e sua arte. Afinal, a arte cura?

Sally Hawkins dá vida a Maudie, uma mulher branca, solteira, rejeitada e abandonada à própria sorte pelo irmão mais velho, o qual a considerava incapaz de cuidar da própria vida. Ela sofria com o estigma por ter problemas físicos e deformações no corpo decorrentes de artrite reumatoide. 

Disposta a provar que poderia viver e cuidar de si, decide trabalhar como empregada na casa de um homem solitário, que “procurava uma mulher”. Em questão de tempo, a relação se transforma em um casamento abusivo, e Maudie vê na arte, o meio de sobreviver, e manter o equilíbrio emocional, diante de uma vida tão dura. 

O filme é baseado na vida da artista canadense Maud Lewis (1903-1970). Ela transformou a modesta e isolada pequena casa numa obra de arte, repleta de sonhos e cores. Maudie encontrou na arte, seu porto seguro, sua morada. Ela me inspirou a fazer o mesmo, enquanto vivo longos dias dentro de casa.

 

Para saber mais

Maudie. Sua arte e sua vida. Direção: Aisling Walsh, 2017.


Imagem de destaque: Mongrel Media

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