Falar de ciência – Priscilla Bahiense e Yolanda Assunção

Falar de ciência

Priscilla Bahiense

Yolanda Assunção

Na ultima quarta-feira (11/11) a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais realizou o curso de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia, Fala Ciência. O encontro reuniu profissionais de comunicação de veículos públicos e privados, assessores, representantes de universidades e grupos de pesquisa, além de membros da FAPEMIG e da Secretaria de Ciência Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais.

A iniciativa faz parte das atividades da Rede Mineira de Comunicação Científica, um novo grupo que busca promover a popularização da ciência em Minas Gerais. No inicio do evento, o diretor de Divulgação e Comunicação Social da UFMG, Marcílio Lana, apresentou as propostas da rede e falou da importância de expandir e criar alternativas para o desenvolvimento da cultura cientifica no estado. Ele também chamou atenção para a importância de eventos como o curso, que busca estudar e discutir as linguagens e técnicas de comunicação cientifica.

O dia de formação para profissionais foi dividido em cinco módulos que, em medidas diferentes, provocaram uma reflexão sobre a relação entre divulgadores e cientistas. No primeiro, ministrado pelo professor da UFMG, Yuril Castelfranchi, foram discutidas as inúmeras ferramentas que o divulgador dispõe para informar o público. Castelfranchi chamou atenção para a necessidade de o divulgador traduzir as informações produzidas pelos cientistas, além de valorizar o papel do público no processo de comunicação e produção científica. O divulgador, portanto, não deve entender o público como mero receptor, mas agente que questiona, demanda e participa.

Num segundo momento, o professor Yurij focou na relação entre ciência e o publico, sobretudo, a importância em compreender as necessidades da comunidade e também de desmitificar a imagem do cientista como figura infalível e distante.

O curso também contou com uma exposição do jornalista da Revista Piauí, Bernardo Esteves, que explorou o dever que o divulgador tem de questionar os cientistas em relação aos métodos, resultados e outras implicações para a sociedade. Além da pertinência da pesquisa, e suas questões éticas e morais. Através de sua experiência, tanto na revista Pauí, quanto no portal Ciência Hoje, ele ilustrou estratégias de trabalho, apuração e relacionamento com as fontes.

A professora da UFMG e coordenadora do Museu de Morfologia da UFMG, Débora D’Avila, ministrou um módulo, falando do papel do divulgador em espaços alternativos, como o museu, e também sobre a divulgação científica dedicada às crianças. Ela ressaltou a necessidade do diálogo constante entre divulgador e cientista, a fim de aproximar os dois campos e conhecer bem os processos criativos que envolvem a ciência.

Os jornalistas Maurício Guilherme e Verônica Costa encerraram a programação apresentando o projeto Minas faz Ciência da FAPEMIG, que trabalha de forma transmidiática, a popularização da ciência e a criação de uma cultura científica. Como está dentro de uma agência de fomento à pesquisa, o projeto atende ao anseio da Fundação de incitar a apropriação do conhecimento produzido nas universidades e núcleos de pesquisa.

Diante de uma programação que buscou atender os mais diversos profissionais ali presentes, fica o desafio para que as áreas busquem um diálogo cada vez maior e, principalmente, com compromisso com o público que consome, direta ou indiretamente, as informações disponibilizadas.

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