Parques urbanos como espaços de visitação e educação socioambiental: um esboço sobre a realidade da Grande BH

Vagner Luciano de Andrade

O presente trabalho visa analisar as áreas naturais inseridas no contexto da Região Metropolitana de Belo Horizonte como áreas prioritárias da biodiversidade associadas à prática do lazer, contemplação e qualidade de vida. Essas unidades de conservação são espaços relevantes para a prática interdisciplinar de educação socioambiental, articulando Artes, Biologia, Ciências Sociais, Educação religiosa, Filosofia, Geografia, História, dentre outras. A visitação pedagógica a um espaço protegido consolida os aspectos teóricos aprendidos em sala de aula, criando laboratórios de percepção, interpretação, reflexão, ação, conscientização, educação, e mobilização ambiental

A Região Metropolitana foi criada em 1973, agregando cerca de 13 municípios no entorno da capital mineira, sendo Lagoa Santa, Pedro Leopoldo e Vespasiano, ao norte; Caeté, Sabará e Santa Luzia, ao leste; Nova Lima, Raposos e Rio Acima, ao sul; Betim, Contagem, Ibirité e Ribeirão das Neves, ao oeste. Evidentemente, nos anos posteriores das décadas de 1980, 1990 e 2000, a região metropolitana de Belo Horizonte foi amplamente acrescida com novas municipalidades e hoje é formada pela junção de 34 municípios no entorno da Capital. Em 1979, o planejamento da capital e da Região Metropolitana foi deliberado e consolidado pelo PLAMBEL – Superintendência Estadual de Planejamento Metropolitano de Belo Horizonte -, que definiu o primeiro levantamento das áreas verdes indispensáveis à preservação da biodiversidade e indicadores socioambientais, enquanto equipamentos públicos para apropriação das populações adjacentes, disponibilizando lazer, qualidade de vida, entretenimento e contemplação.

O órgão fez um estudo significativo que acabou perdido e precisa ser resgatado através de mobilizações da sociedade. Nessas áreas verdes, pretendia-se a criação de parques urbanos metropolitanos que seriam disponibilizados gradativamente a toda população metropolitana, sendo algo que não se concretizou efetivamente devido a outras prioridades dadas no âmbito do projeto. Assim, desconhece-se como encontra-se atualmente grande parte dessas áreas verdes definidas naquela época, pois poucas encontram-se oficialmente definidas enquanto unidades de conservação metropolitanas, geridas tanto pelo poder público estadual e outras pelo poder público municipal. Neste contexto, é emergencialmente necessário o resgate de estudos socioambientais dessas regiões verificando a sua situação atual, seu histórico e suas perspectivas com vistas ao resgate da preservação das mesmas e sua disponibilização à toda a coletividade metropolitana.

Para isso o presente estudo direciona-se a apresentar pesquisas relacionadas às áreas preservadas e aquelas remanescentes que não tiveram uma medida efetiva de preservação no sentido de estudar qual a situação real da área, a qualidade dos remanescentes nativos e sua descaracterização ou degradação, bem como enfatizar a importância de um resgate de preservação dessas áreas enquanto equipamentos públicos de interesse da realidade metropolitana promovendo discussões acerca deste tema. A seguir as áreas verdes metropolitanas conforme registrado pelo PLAMBEL em 1987, com descrição de sua situação pedagógico

 

Betim, Contagem e Ibirité, oeste da RMBH


Caeté, Sabará e Santa Luzia, leste da RMBH

Capital Mineira e Ribeirão das Neves, Centralidades da RMBH

Lagoa Santa, Pedro Leopoldo e Vespasiano, norte da RMBH


Nova Lima, Raposos e Rio Acima, sul da RMBH

 


Para saber mais

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/parques-urbanos

Sobre o autor
Agente Educador e Mobilizador da Rede Ação Ambiental, com formação em Geografia, História, Pedagogia, Gestão Ambiental, Biologia e Turismo.


Imagem de destaque: Galeria de imagens

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *