Vol. 9, Nº 326/julho de 2021- sexta-feira, 23.
EDITORIAL
Políticas e Equipamentos Públicos nos Territórios
No Brasil, hoje, chora-se não apenas a perda dos entes queridos, mas também a falta de comida no prato, de medicamentos e de lugar onde morar. Ainda que nossa tarefa fundamental, do ponto de vista político e societário, seja dar um basta nas contínuas políticas de morte estabelecidas pelo governo federal e por seus aliados nos demais entes federativos, temos que nos preocupar também, e com urgência, em criar alternativas para que minorar o impacto de tudo isso sobre a população mais pobre.
NAS ONDAS DA EDUCAÇÃO
O programa Pensar a Educação, Pensar o Brasil da próxima segunda-feira, dia 26 de julho, terá a participação do Pensar Jovem. A tragédia em Brumadinho, dois anos após o rompimento das barragens, é o tema da edição, que traz reflexões sobre a rotina social, econômica e religiosa da cidade e as poucas medidas tomadas em relação ao crime ambiental. O bate papo também abordará extrativismo, os perigos da mineração, as condições precárias de trabalho e a falta de fiscalização.Na sessão especial Educação e Música, uma homenagem à vida e obra de Chiquinha Gonzaga. O programa conta ainda com a coluna Valorizando o Saber, parceria com o APUBH, e a coluna Pensando Bem, parceria com o SindUTE-MG. Todas às segundas-feiras, das 20h00 às 22h00, o programa Pensar a Educação, Pensar o Brasil vai ao ar pela Rádio UFMG Educativa 104,5 FM.
LIVE – PENSAR AO VIVO
Gestão de risco e práticas sexuais na pandemia
O Pensar ao vivo da próxima quarta-feira, 28 de julho, tem como tema “Gestão de risco e práticas sexuais na pandemia“. A live às 17h no canal do Youtube do Pensar a Educação, Pensar o Brasil e traz os resultados parciais do projeto de pesquisa SEXVID, organizada por diversas instituições e grupos de pesquisa em todo o país, incluindo o Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (NUH), da UFMG. A pesquisa tem por objetivo compreender as mudanças que o distanciamento social causou nas experiências, hábitos e narrativas relacionadas à sexualidade em diferentes grupos sociais. Haverá emissão de certificados para os participantes.
EDUCAÇÃO EM DEBATE
De protestos e monumentos – Wojciech Andrzej Kulesza – EXCLUSIVO
Mortos, sem estarem enterrados, essas figuras são revividas quando é necessário que as antigas relações de poder sejam lembradas para mostrar ao povo o que acontece com quem desafia o poder.
E a extensão nas universidades? – Monica Abranches – EXCLUSIVO
A extensão é, portanto, uma atividade de formação da comunidade acadêmica e de contribuição do saber científico nas demandas por soluções dos problemas sociais, culturais, políticos e ambientais da sociedade. De outra forma, também é influenciada por saberes das comunidades externas que instigam as ações investigativas e a produção de conhecimento.
Mãos Dadas: o projeto de municipalização do Ensino Fundamental do governo de Minas Gerais – Estela Costa Tiburcio – EXCLUSIVO
O chamado ‘Projeto Mãos Dadas’ traz vulnerabilidade aos professores e estudantes, grupos diretamente atingidos por ele, além de colocar em conflito a capacidade de oferta dos anos iniciais do ensino fundamental nas cidades mineiras.
BICENTENÁRIO EM FOCO
Geografias silenciadas no processo de escolarização primária no Piaui – Maria do Socorro Pereira de Sousa Andrade – EXCLUSIVO
Uma Geografia memorística não possui utilidade prática, não desperta interesse para aqueles que tentam ensiná-la ou aprendê-la, posto que não fará sentido como contributo para resolver os problemas da vida.
EDUCAÇÃO E LITERATURA
Gelatina de uva – um arquivo de infância – Ivane Perotti – EXCLUSIVO
Cabia-nos no bolso o pó de gelatina. Colorido e intrigante, enchia a tigela que descansava na geladeira. Gelatina de uva. Um espelho móvel. Teimoso. Dançava na colher a caminho da boca. Da imaginação que não colhia rosas. Abria necessidades. Refúgios. Espaços de preenchimento.
E a vida o que é, diga lá meu irmão! – Valter Machado Fonseca – EXCLUSIVO
[…] por que o brasileiro consegue sobreviver com este salário mínimo? Qual é o jeitinho brasileiro? Por que o brasileiro é tão criativo? Como o nosso povo consegue sobreviver nesta pandemia que aprofunda ainda mais o abismo entre ricos e miseráveis?
Martins Pena e a comédia brasileira – Alexandre Azevedo – EXCLUSIVO
Com raras exceções, como O noviço, as peças de Martins Pena possuem apenas 1 ato. Considerado o Molière brasileiro, Martins Pena retratou em suas comédias a vida e os costumes do Rio de Janeiro de sua época.
CONVITE À LEITURA
Quase autobiografia: um convite à Dor e glória, de Pedro Almodóvar – Alexandra Lima da Silva – EXCLUSIVO
Os filmes de Almodóvar não são percursos óbvios, é preciso chegar até o final para compreender o sinuoso movimento narrativo e autoral do cineasta. O detalhe na cor dos olhos da mãe de Salvador é a única pista de que estamos diante de um filme dentro do filme.
EDUCAÇÃO, SAÚDE E SOCIEDADE
Ações de Educação em Saúde no Enfrentamento da Violência de Gênero – Janete Evangelista – EXCLUSIVO
Ao se discutir a violência contra as mulheres e as pessoas LGBTQIA+ é necessário também debater as diferentes masculinidades, aquelas que não são hegemônicas e que se apresentam como práticas dos lugares que os homens ocupam nas relações entre os gêneros.
EDUCAÇÃO, GÊNERO E SEXUALIDADES
Lé com cré – “Ideologia de gênero” e Economia Solidária – Martha Ramírez-Gálvez – EXCLUSIVO
A retórica anti-gênero, condensada na chamada “ideologia de gênero” é analisada como dispositivo de mobilização de pânicos morais, que tem permitido a emergência de empreendedores morais numa esdrúxula combinação entre moralidade sexual, neoliberalismo e anti-comunismo como projeto de poder.
ESPAÇO FREIREANO
XI Colóquio Internacional Paulo Freire: inscrições abertas – Débora Souza Gomes e Luciano Mendes – EXCLUSIVO
Situado na terra natal de Paulo Freire, Recife, o Centro Paulo Freire – Estudos e Pesquisas abre as inscrições para o XI Colóquio Internacional Paulo Freire, neste ano do Centenário do Patrono da Educação Brasileira. O tema dos debates e diálogos a serem realizados gira em torno do que nos ensina Freire tanto acerca da leitura quanto da emancipação popular.
LIVRE EXPRESSÃO
O amor – Mariane Aparecida Mendes Soares – EXCLUSIVO
E quando menos se espera, / ele nos deixa / na escuridão / sem perdão.
EDUCAÇÃO PELO BRASIL
Gefut, da EEFFTO, quer conhecer experiência de torcedores nos estádios mineiros – Notícias UFMG
A pesquisa pretende reunir relatos de pessoas de todas as idades, gêneros e localidades.
Jovem Pan vende discurso negacionista de ministro da Educação. Professores rebatem – Rede Brasil Atual
Apresentadores defenderam o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e atacaram sindicatos, que para eles “não gostam de trabalhar; são um câncer” no Brasil.
AMÉRICA LATINA
Clases presenciales: Autorizan volver a colegios, pero las escuelas públicas siguen en la incertidumbre – Plaza Pública / Guatemala
En Guatemala solo tres de cada diez personas cuentan con servicio de internet y le quedan lugares donde la energía eléctrica todavía no llega. Por eso, las clases presenciales, aún con sus limitaciones desde antes de la pandemia, son el mejor sistema para la educación pública.
Primera Dama de Panamá respalda esfuerzos público-privado para el desarrollo del aprendizaje virtual – La Estrella de Panamá / Panamá
Los nuevos tableros inteligentes permitirán mejorar la transición de las clases virtuales al retorno semi-presencial a las escuelas.
PENSAR INDICA
A Revista Brasileira de Educação Básica e o grupo de pesquisa Educação, Mineração e Território convidam, no período de 20 de julho a 20 de agosto, professoras e professores da Educação Básica, para colaborar com suas experiências, reflexões e investigações críticas para a edição especial Educação e Desastres Minerários. É possível colaborar com artigos ou relatos de experiência em vídeo. Mais informações podem ser encontradas na página da chamada. Para entrar em contato com a organização do número especial, envie um e-mail para desastresminerarios.rbeb@gmail.com
Lançamento do livro “Uma Brasiliana para a América Hispânica”. As relações entre o Brasil e o México, mediadas pelos livros e pela literatura, serão o foco de uma conversa que terá lugar no próximo dia 27 de julho, terça feira, às 20 horas, no canal do Youtube do Projeto Pensar a Educação. Na ocasião os professores Luciano Mendes de Faria Filho e Warley Gomes receberão as professoras Ângela de Castro Gomes (UNIRIO), Eliana Dutra (UFMG), Kátia Gerab Baggio (UFMG) e Regina Crespo (UNAM) para comentar o tema. A live marcará, também, o lançamento dos livros “Uma brasiliana para a América Hispânica” (Paco Editorial, 2021), de Luciano Mendes, e “A literatura da Revolução Mexicana (Caravana Editorial, 2021), de Warely Gomes. Para participar, acesse aqui.
INDICAÇÃO DO LEITOR(A)
João Victor Oliveira – Durante todo o mês de agosto o Instituto Internacional de Física da UFRN realizará o workshop virtual Ensino de Física na Educação Básica. Evento totalmente gratuito e que contará com a participação de especialistas nas áreas de ensino e ciência, com foco em novas propostas que facilitem a aprendizagem de estudantes. Serão oferecidas oficinas, palestras e rodas de discussão, onde os participantes poderão desenvolver uma variedade de ferramentas (técnicas, comunitárias e pedagógicas) para auxiliá-los e motivá-los em seu trabalho. Para participar acesse aqui.
OPINIÃO DO(A) LEITOR(A)
Alexsandro Fernandes Silva em 16/07/2021 (Educação, Gênero e Sexualidade, número 325, Infâncias e sexualidades: perguntas e respostas insuficientes nos contextos educacionais). Excelente texto professor! O tema é tratado com bastante tabu. E o chão da sala de aula é uma extensão para o diálogo diante as noções elencadas nesse espaço. Penso que o senso comum perpassa também a instituição universitária, bem como, a necessidade de pontuar a discussão rumo a uma convivência mais justa e democrática baseada no direito de liberdade individual de “ser” de cada um.
Alex Santos em 16/07/2021 (Educação, Gênero e Sexualidade, número 325, Infâncias e sexualidades: perguntas e respostas insuficientes nos contextos educacionais). Texto incrível, professor! Essa repressão ao menino viadinho e afeminado que vejo como um problema no ambiente escolar, porque por vezes, os professores e a direção da escola se mantém omissos a esses episódios de LGBTfobia que, mesmo que aconteçam de forma velada, acabam por marcar a vivência dessas crianças, e interferir no seu desenvolvimento e até mesmo na sua permanência na escola.
Kellen em 20/07/2021 (Educação, Saúde e Sociedade, número 324, Foi no quintal que aprendi sobre ciência). Fiquei muito emocionada com essa leitura, pois fui criada por mulheres fortes, mãe, vó e bisavó e aprendi muito sobre a importância da ancestralidade na construção de nosso ser. A conexão com a Ciência foi brilhante e muitas vezes nos esquecemos que a Ciência está em nossos povos, em nossas raízes.
TIRINHA
Cartunista Das Cavernas – Gilmar