Greve Geral! Nenhum direito a menos!! ​

Nós somos um grupo que busca analisar o lugar da educação nos projetos de Brasil e, ao mesmo tempo, se mobiliza para participar, das lutas pelos sentidos da educação no espaço público. Para isso, buscamos mobilizar a comunidade acadêmica, as(os) professoras(es) da escola básica e ativistas sociais em defesa da educação de qualidade para toda a população brasileira.

​A defesa da educação de qualidade envolve, necessariamente, não apenas a elaboração e implementação de políticas educativas, mas também as garantias societárias de bem estar e de qualidade de vida para a nossa população, seja ela escolar ou não. É por isso que se faz fundamental a defesa do conjunto de direitos instituídos pela Constituição de 1988 e/ou conquistados ao longo dos anos pela população trabalhadora brasileira.

​É por isso que a Greve Geral em defesa dos direitos, da democracia e da volta da normalidade democrática em nosso país tem todo o nosso apoio. Não é possível fazer uma escola de qualidade sem políticas que garantam e efetivem os direitos sociais em seu conjunto.

​Não é possível fazer escola de qualidade fora do regime democrático. Não é possível fazer escola de qualidade sem políticas de assistência e transferência de renda. Não é possível fazer escola de qualidade sem o engajamento da comunidade escolar nas discussões e implementação das políticas e reformas educacionais. Não é possível fazer escola de qualidade cortando os recursos da educação para aumentar o lucro e a riqueza de uma pequena minoria de privilegiados financistas nacionais e internacionais.

​O reconhecimento da interdependência das políticas públicas e de que o direito à educação de qualidade se realizará com a garantia dos demais direitos nos mobiliza ao engajamento nas lutas por “nenhum direito a menos!”. Mas nos mobiliza também a atualizar utopias e possibilidades facilmente esquecidas nesses tempos sombrios. É por isso que não podemos esquecer que a verdadeira democracia se faz, também, pelo exercício continuado de inventar e reconhecer direitos.

​Não podemos nos esquecer que um dos símbolos mais marcantes dos poucos avanços que tivermos nas últimas décadas em direção a uma sociedade mais justa e menos desigual foram, justamente, o reconhecimento dos direitos às diferenças e às diversidades, as políticas de transferência de renda e de inclusão social e o fortalecimento da capacidade de governo do Estado Nacional.

​Não é por acaso, pois, que o grupo político que deu o golpe e retirou a Presidenta do poder, assim como seus financiadores e apoiadores, têm pressa, muita pressa, em retirar das bases instituições, jurídicas e políticas, que garantam os direitos da maioria trabalhadora do país. Atuam estes grupos, a favor da desigualdade e, para isso, não hesitam em atacar o próprio Estado de Direito e as garantias Constitucionais. Contra isso é preciso lutar, hoje e sempre! É por isso que a Greve Geral é justa, oportuna e necessária.

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