Não foram só as aulas que foram interrompidas ou afetadas nesse período de distanciamento social. Muitos espaços educativos e de sociabilização dos estudantes estão de portas fechadas: museus, associações de bairro, parques, centros de referências e cursinhos populares. Mesmo assim, escolas particulares e sistemas de educação municipais e estaduais seguem tentando salvar o ano letivo, através de vídeo aulas, conteúdos disponibililzados on line e até a manutenção da data do exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM. Como como ficam os estudantes que não tem acesso aos mecanismos virtuais de compartilhamento de conteúdo? Não tem espaços fisicos adequados para o estudo em casa? Para refletir sobre isso recebemos no programa de rádio do dia 27 de abril a Sara Azevedo, coordenadora da Rede Emancipa: movimento social de educação popular.
A Rede Emancipa é um movimento social de educação popular que desde 2007 constrói um importante trabalho voltado à educação de jovens de escolas públicas. O principal foco de atuação da Rede Emancipa tem sido a organização de cursinhos populares pré-universitários para atender à demanda represada dos estudantes de escolas públicas pelo acesso ao ensino superior em geral. Nos cursinhos, além de refletir sobre o conteúdo exigido pelos vestibulares de uma maneira que esteja de acordo com o contexto vivido pelos estudantes, também é priorizada a educação transformadora que ofereça o máximo de instrumentos para que estes pensem as suas realidades de maneira crítica e emancipadora.