Convite à coluna Pensar jovem

Pensar Jovem, ser jovem. Éramos então, nós professores que, adolescentes, jovens, pensávamos e fazíamos diferente; muitas vezes, não nessa ordem. De lá pra cá, no percurso formativo docente, quanto nos distanciamos disso que, independente da idade e da experiência que adquirimos, nos permite experienciar, errar para acertar, criar? E quanto disso investimos quando elaboramos uma atividade ou recebemos uma produção num espaço – formal ou informal – de formação dos jovens? Quer dizer, uma proposta, uma produção autorizada a ser designada ‘conhecimento’ em suas condições reais de produção? Quais conhecimentos, quais línguas, quais práticas linguageiras, quais modos de colocar os sentidos em circulação, são condutores de energia, dessa potência que têm os jovens? 

Em um convite para um bate-papo com a equipe do nosso Programa de Extensão Pensar Jovem: Fazer Sentido (DEDC/CEFET-MG), meu colega, Prof. João Batista Sobrinho, nos fez uma provocação: o que é pensar jovem? Convidou-nos a uma reflexão que me convence, cada vez mais, de que, em diferentes processos e espaços de enunciação e subjetivação, os jovens percorrem outros – e novos – caminhos, embora, muitas vezes, esperemos um resultado (o resultado esperado); eles (re)criam. Como nossos pais… eles criam! E esse é um modo de significarem(se). É um modo de esse jovem fazer sentido, na sua relação própria com os temas que coloca em questão, com a língua, com o outro, com os recursos que tem e com a falta, com os silêncios, com suas resistências e modos de existir.

Foi essa a motivação que me fisgou ao aceitar o convite do Prof. Luciano Mendes para participar, com alunos da Educação Básica, do seu projeto de extensão, na Rádio UFMG Educativa. Cá estamos nessa roda viva que, se deixarmos, atropela nossa própria memória e o que dela ainda vivemos, sem nos darmos conta. Levei um ano para responder e para começar esse projeto que não pretende exatamente “dar voz ao aluno”, posto que ele já a tem, mas que, a partir de movimentos em constante articulação, expande seu espaço enunciativo, de produção e de (re)criação.

O programa de Extensão Pensar Jovem: Fazer Sentido (DEDC/CEFET-MG), desde março de 2020, passou então a divulgar, mensalmente, projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão das escolas públicas de Educação Básica, no programa de rádio do Pensar a Educação: Pensar o Brasil. Além dessa parceria, o Pensar Jovem produz Podcasts, lives com/entre jovens e especialistas sobre diferentes temas escolhidos e interpretados por eles. Acredito que, passado um ano, à medida que vão se posicionando mais e mais à frente da produção, da editoria, dos processos de edição, mais eles nos interrogam sobre os efeitos de sentido daquilo que nomeamos autonomia. Sentimos que é o momento de ampliarmos essa parceria com o Pensar a Educação, dando início à coluna Pensar Jovem, no jornal on-line Pensar a Educação em Pauta. O objetivo é dar visibilidade às produções de alunos da Educação Básica, orientadas por propostas e projetos elaborados pelos seus professores ou instituições, formais e informais, ou mesmo de forma independente, por iniciativa do próprio jovem. 

ORIENTAÇÕES PARA PUBLICAÇÃO NA COLUNA
Aceitamos colaborações de alunos da Educação Básica ou de jovens, de forma independente, cuja produção tenha sido orientada ou não por seu professor. Para publicar conosco, o autor deve seguir, se for enviar texto, as orientações descritas a seguir e enviá-los para o e-mail:  pensarjovemcefetmg@gmail.com ou para o email do nosso jornal (jornalpepb@gmail.com). 

Após o texto (verbal ou não-verbal), deve constar um parágrafo explicativo da proposta de produção ou projeto – no caso de ela ter partido do professor(es) ou de projeto – que orientou e constituiu as condições dessa produção desse material.

FORMATO E GÊNEROS DOS TEXTOS
Textos escritos: são aceitos gêneros informativos, argumentativos ou literários, de divulgação de pesquisas, resenhas de filmes, livros etc.  No caso de texto escrito, deve ser digitado no editor de texto Word for Windows, ou similar, mas estar aberto para edição. Para atender às limitações de tamanho do texto, o arquivo deve ter, no máximo, 5.000 caracteres com espaço. O espaço também poderá ser usado para publicação de fotografias, charges, ilustrações, material audiovisual, podcasts ou qualquer outra produção para além do escrito (veja a seguir).

Podcast, áudio ou audiovisual:  o material pode ser enviado em arquivo MP3 ou MP4, por meio do compartilhamento do arquivo via SendSpace ou similar. O projeto também aceita produção em parceria, apoiando a roteirização e produção.

INFORMAÇÕES SOBRE O (A) AUTOR (A)
Caso o jovem autor da Educação Básica da rede pública envie sua produção de forma independente, pedimos que nos enviem uma minibiografia (duas linhas, incluindo nome completo, Instituição, e-mail). Caso a produção tenha sido orientada por professor(a) e/ou seja resultado de algum projeto, pedimos para que cada um envie uma minibiografia. Atenção: só podemos usar as imagens com autorização dos responsáveis, conforme o Estatuto da Criança e Adolescente, Artigo 247 da Lei no 8.069, de 13 de Julho de 1990.

TABELAS, IMAGENS E ELEMENTOS GRÁFICO
Todas as tabelas e imagens devem ser legíveis e vir acompanhadas da indicação da fonte. É

importante respeitar os direitos de uso, cuja responsabilidade é do autor.

CORREÇÃO LINGUÍSTICA E ESTILÍSTICA
Caso necessário, os textos poderão sofrer alterações estilísticas, realizadas pelos extensionistas ou estudantes do curso de Letras (CEFET-MG), para se adequarem ao projeto editorial do jornal.

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Parceiros: Pensar a Educação, Pensar o Brasil: 1822-2022 , ENCIDIS (LAS/UFF), Fiocruz. Apoio: DEDC/CEFET-MG. 

Sobre a autora: A Profa. Dra. Carla Barbosa Moreira atua no ensino médio, graduação e é credenciada no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens do CEFET-MG. Coordena o Programa de Extensão Pensar Jovem: Fazer Sentido (DEDC/CEFET-MG) e o Grupo de Pesquisa ‘Discurso, Tecnologias e Divulgação do Conhecimento’, cadastrado no DGP do CNPq. É membro titular da Comissão de Análise do Discurso da ABRALIN. Tem interesse nos seguintes temas: Sujeito, língua e Discurso; Divulgação do Conhecimento; Censura e silenciamentos; Linguagem e Tecnologia; Discurso e poder na rede. 

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