Arte e identidade: um convite a Carlos Almaraz

Alexandra Lima da Silva

Meu convite desta semana é o documentário Carlos Almaraz. Playing with fire, lançado em 2020 na Netflix, construído a partir de imagens de arquivos, depoimentos e principalmente, muitas cores nas belas pinturas do artista. 

Carlos Almaraz nasceu na Cidade do México em 1941 e ainda criança, migrou para Los Angeles, nos Estados Unidos. Incompreendido e deslocado, numa sociedade racializada, Carlos Almaraz não era nem branco, nem negro. Nas palavras do próprio artista, era “marrom”, “chicano” e “queer”.

Carlos Almaraz encontrou na arte uma maneira de expressar suas dores e angústias. Na década de 1970, o pintor se engajou no movimento de trabalhadores agrícolas e no Teatro Campesino de Luis Valdez. Artista e ativista, Carlos Almaraz foi um dos fundadores do movimento chamado de Arte Chicana, com obras intensas e muito coloridas. Em Carlos Almaraz, destaque para o vermelho e para a presença do fogo em muitas das pinturas.

Assim como o fogo, a vida do pintor chicano foi intensa. Na década de 1980, foi infectado pelo vírus do HIV. Morreu em 1989.

 

Para saber mais:
ALMARAZ, Elza. Carlos Almaraz. Playing with fire. Netflix, 2020, 1h 22min. 


Imagem de destaque: Elsa Flores Almaraz e Richard Montoya

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