UNIVERSIDADE E INOVAÇÃO – EM

UNIVERSIDADE E INOVAÇÃO

Jornal Estado de Minas, 15 de junho de 2013

Segundo dados recentes da QS Quacquarelli Symonds, as universidades latino-americanas apresentam baixo desempenho global. “Do Brasil, apesar de ser um líder a nível regional, em um contexto global, apenas 12 universidades foram classificadas entre as 700 do ranking mundial”, destaca Ben Stowe, chefe de pesquisa da QS Intelligence Unit. O Brasil continua fora das 100 melhores universidades do mundo apesar de mudanças positivas como mais rigor na abertura e avaliação dos cursos e dos docentes, a implantação do Programa Ciência sem Fronteiras e o enorme aumento de bolsas para mestrado e doutorado no país e no exterior. O ensino superior precisa alcançar as metas. O Brasil investiu cerca de R$ 75 bilhões no Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional (Pacti) no período 2007–2010. O Pacti 2011–2014 está em curso. O governo busca aumentar também o investimento privado nessa área, que ainda é pequeno comparado ao de países como Estados Unidos, Alemanha, China, Coreia do Sul e Japão, onde o índice beira os 70%.

No ranking das universidades da América Latina o Brasil precisa melhorar muito apesar de ter 81 universidades entre as 300 melhores, sendo o país com maior representatividade regional. A avaliação inclui reputação acadêmica, reputação com empregadores, média de artigos por professor, citações em artigo, docentes com pós-doutorado e impacto na internet. As melhores são USP, Pontifícia Universidade Católica de Chile e a Universidade Estadual de Campinas. Entre as 10 melhores da América Latina estão: Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Federal de Minas Gerais. Nas 50 melhores estão UniversidadeEstadual Paulista, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal de São Paulo, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Universidade de Brasília e apenas a Universidade Federal de Pernambuco do Nordeste. No grupo das 100 melhores universidades estão mais duas universidades do Nordeste e nenhuma do Norte: Universidade Federal da Bahia e Universidade Federal do Ceará (UFC). Um quadro desigual. A PUC Rio foi a melhor universidade particular nesse ranking.

Importante que haja a descentralização de recursos, incentivos a talentos e mais cursos de pós-graduação fora do tradicional eixo sul e sudeste. O Centro Internacional de Neurociência de Mossoró(RN) já é uma realidade. Democratizando o saber e buscando a interiorização do ensino superior, recentemente foram criadas mais 4 universidades: Federal do Sul da Bahia, Oeste da Bahia, Sul e Sudeste do Pará e Universidade do Cariri (CE). 275 municípios contam com câmpus de universidades federais. Segundo Paulo Jefferson Barreto, bolsista da UFC, “investir em soluções criativas pode ser o ponto determinante para ampliar a competitividade das empresas, melhorar as condições de vida da população e diversificar a matriz econômica do país a curto, médio e longo prazo”.

O Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará foi eleito o melhor do Norte-Nordeste na avaliação do Enade-2011, projetos de tecnologia partindo de ideias inovadoras a partir de modelos matemáticos computacionais conseguiram elaborar soluções reais que prometem melhorar as condições de implantação da tecnologia 4G em Fortaleza. Originalidade é o que defende também a neurocientista Suzana H. Houzel, da UFRJ, numa crítica à cultura brasileira científica, “que não incentiva a originalidade e a diversidade de pensamento”. Diz ainda que a pós-graduação nacional é “muito fraca” e o programa de bolsas Ciência sem Fronteiras, “do jeito que está, parece demagogia”. Ela defende a profissionalização da carreira de cientista.

Além da necessária qualidade da educação brasileira em todos os níveis, é fundamental o incentivo ao talento, originalidade, competência e compromisso. Importante o papel das universidades especialmente públicas na produção e disseminação de conhecimentos para o desenvolvimento social, diminuição das desigualdades sociais e crescimento econômico. É preciso que as nossas universidades de norte a sul proporcionem cada vez mais ensino de qualidade e significativos projetos de pesquisas e de extensão gerando conhecimentos e inovações, que contribuam efetivamente para a melhoria de vida da população brasileira, crescimento econômico do país e destaque mundial.

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