Nova edição da Revista Minas Faz Ciência já está disponível
Vivian Teixeira
Um clique em algum link, palavras-chave escolhidas em sites de busca ou simplesmente uma hashtag usada em uma mídia social. Todos os seus passos na internet estão sendo permanentemente acompanhados para fins diversos. Essa é uma das funções da internet preditiva, que analisa grande volume de informações públicas disponíveis na internet para prever comportamentos humanos e outros eventos.
Essa espécie de bola de cristal contemporânea é o assunto da matéria de capa da Revista Minas Faz Ciência 67, que já está disponível para leitura e mostra os efeitos da inteligência preditiva sobre a produção do saber. Especialistas ouvidos mostram que muitos crimes ou agressões podem ser detectados antecipadamente, a partir da análise de conteúdo publicado no Twitter, caso a informação seja analisada deforma adequada. A internet preditiva pode ser aplicada a áreas diversas. O Departamento de Ciência da Computação (DCC) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por exemplo, é referência em empreendedorismo na área de computação e no uso de dados e de predição.
Esta edição traz também uma entrevista com o especialista americano em narrativa transmídia, Jeff Gomez. O modelo de narrativa que visa transmitir mensagens, temas ou enredos a uma audiência de massa por meio do uso de múltiplas plataformas ultrapassou as barreiras do entretenimento e do marketing e chegou à educação, ao jornalismo e a outras áreas do conhecimento. A entrevista também mostra como Gomez usou a trajetória pessoal para construir experiências e projetos inovadores.
Outra matéria destrincha os dados apresentados pela pesquisa inédita “Conhecer e Cuidar”, realizada pelo Centro Regional de Referência em Drogas da Universidade Federal de Minas Gerais (CRR-UFMG), a partir de demanda do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas. A matéria traz um mapa do vício de drogas (lícitas e ilícitas) nas diferentes regionais da capital mineira. As informações obtidas por meio do estudo contrariam algumas ideias e preconceitos sobre usuários de drogas, mas também fornecem subsídios para a elaboração de políticas públicas relacionadas ao tema.
Um texto presente nesta edição destaca como a ciência pode responder às demandas da sociedade. A partir da experiência de dois agentes penitenciários da penitenciária Inspetor José Martinho Drumond, localizada na Região metropolitana de Belo Horizonte, pesquisadores do Departamento de Química da UFMG estão desenvolvendo formas de produzir combustível a partir de embalagens de marmitex consumidas pelos detentos. A pesquisa ainda está em fase de teste, mas resultados positivos já foram produzidos em laboratório.
Além do conteúdo trimestral da revista Minas Faz Ciência, também é possível acompanhar outras informações sobre a produção científica de Minas Gerais por meio do blog.fapemig.br e pelos canais do Programa Minas Faz Ciência nas mídias sociais.
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