Pablo Bruzzone*
O intenso afastamento social decorrente do enfrentamento à pandemia do coronavírus e as respectivas medidas restritivas de aglomeração que impuseram, dentre outros, a vedação à realização das aulas presenciais em todos os níveis da educação pública e privada trouxeram um grande desconforto e ainda maiores desafios para todos os envolvidos (professores, alunos e familiares), mas podem deixar um relevante legado para a sociedade no que pertine à dinâmica do aprendizado, arraigada nas instituições de ensino brasileiras.
A dinâmica da educação remota, com a participação dos pais, deixou ainda mais evidente uma dura realidade, a distância entre o interesse do aluno e os conteúdos programáticos de ensino. As instituições de ensino são vistas pelos discentes como um pesado obstáculo a ser superado e não com o entusiasmo inerente ao aprendizado e desenvolvimento pessoal. Ou seja, com essa retrógrada metodologia de ensino o aprendizado fica limitado às salas de aula, muitas vezes apenas com uma participação superficial, meramente formal, ceifando muitos de nossos alunos de um eficiente desenvolvimento individual.
Antes mesmo da pandemia da COVID-19, as novas tecnologias e a atual conjuntura de hiperconectividade, já desafiavam novos modelos de ensino, mais eficientes, e países líderes em qualidade de educação já haviam adequado às suas metodologias a essa nova realidade, buscando, precipuamente, a participação efetiva e mais entusiástica dos alunos, bem como o desenvolvimento do autodidatismo e autoconhecimento.
Nesse sentido, temos, por exemplo, a adoção, por diversos países, da metodologia da “sala de aula invertida”, que busca exatamente a maior presença do aluno, personalização do processo de aprendizagem e a valorização dos docentes.
E a pandemia acelera essa mudança que já estava em curso. E não podemos ficar para trás nessa relevantíssima questão, qual seja a construção desse novo quadro pedagógico no modelo de ensinar e aprender, bem como a criação dos ambientes de aprendizagem adequados a nossa atual conjuntura, notadamente no que tange a utilização das novas tecnologias digitais e os novos canais de comunicação.
Nesse contexto, diante da inquestionável relevância da educação no desenvolvimento da sociedade, é imperioso que esse gatilho da pandemia seja aproveitado, não só para que as instituições de ensino privado implementem avanços nesse sentido, da adequação da metodologia de ensino a nova realidade e avanços sociais, trazendo maior qualidade no serviço prestado aos seus clientes e fugindo do anacronismo, bem como que a sociedade levante essa relevante questão perante os nossos representantes para que os órgãos competentes emitam diretrizes para alteração do método de ensino tradicional e tornando impositiva a implementação de métodos educacionais mais eficientes, que despertem mais interesse e comprometimento do aluno.
*Sócio e Advogado do MLA – Miranda Lima Advogados.
Imagem de destaque: Alexandra_Koch / Pixabay zp-pdl.com https://zp-pdl.com/fast-and-easy-payday-loans-online.php https://zp-pdl.com/get-a-next-business-day-payday-loan.php http://www.otc-certified-store.com/anti-inflammatories-medicine-usa.html