O Grito dos Excluídos, é hora de virar o jogo

Carlos Henrique Tretel

“O objetivo desta campanha é mostrar que todos esses ataques, à classe trabalhadora, tanto servidores públicos como trabalhadores em geral, os ataques ao nosso patrimônio público, os ataques ao meio ambiente, à natureza, todo esse conjunto de ataques faz parte de um só jogo. E esse jogo, a que nos referimos, é esse modelo econômico errado, erradíssimo, que é implementado no Brasil, porque o Brasil é um país riquíssimo, é um dos países mais ricos do mundo. Era para estarmos em outro patamar de desenvolvimento socioeconômico. E esse modelo econômico errado se implementa por meio de várias medidas, as contrarreformas, o teto de gastos, as privatizações, a recente Emenda Constitucional 106 que permite que o Banco Central gaste trilhões para comprar papel podre de bancos, às custas demais geração de dívida pública… E depois que a dívida pública é gerada, e explode, aí vem reforma da previdência, para cortar direitos para pagar a dívida, vem mais teto ainda, mais arrocho, ajuste fiscal, para cortar tudo para pagar dívida, mais privatizações… Desde Collor, passando por todos os presidentes (porque todos privatizaram)  qual a justificativa das privatizações? Pagar a dívida. Então essas medidas estão todas conectadas e chegou no ponto de entrega da própria estrutura do estado. O desmonte que está acontecendo é tão grave que é urgente estancar esse modelo econômico errado que está sendo aplicado aqui no Brasil. É a democracia que está em risco com essa total falta de oportunidades para a maioria das pessoas. A democracia não é apenas ir lá (nas urnas) e apertar o dedo e fazer um voto no dia da eleição. A democracia exige igualdade de oportunidades. E esse modelo econômico errado está impedindo que a sociedade brasileira tenha qualidade de vida mínima, garantia mínima de sobrevivência, haja vista o que a pandemia agora está escancarando,  100 milhões de pobres e miseráveis. Não dá mais. Não dá mais. (…) Prá virar esse jogo, vamos precisar de todo mundo…” (Maria Lúcia Fatorelli, no lançamento coletivo da campanha “É hora de Virar o Jogo”)

Vamos precisar de todo mundo. A campanha para banir daqui a opressão está nas ruas. Ela, que tem sua origem exatamente em uma semana da pátria de 20 anos atrás, é a notícia a nos esperançar nesta, car@ leitor@.

Se você ainda se encontra cativ@ à ideia de que economia é tema complicado, de que precisa para entender de Miriam Leitão ou Carlos Sardenberg, chegou a hora de virar o jogo e se apropriar do conhecimento produzido pela Auditoria Cidadã da Dívida (ACD). Como parte das comemorações por seus 20 anos (e parte da estratégia, certamente, para a luta dos próximos) ela oferece a oportunidade de se entender o “sistema da dívida” que nos rouba o orçamento público e inviabiliza a soberania nacional, disponibilizando livros  em PDF gratuitamente.

Junte-se à campanha, entenda e depois explique àqueles que desconhecem o sistema que se encontra oculto por detrás de palavras como ‘anatocismo’, ‘securitização’ e (entre outras pérolas trabalhadas por quem ama e serve Tio Sam) ‘swap cambial’, que, @s que amamos e servimos, antes, nosso povo brasileiro, vamos precisar, para banir daqui a opressão, ser multiplicadores do conhecimento produzido pela ACD, a fim de que, bem informad@s, viremos o jogo.

O Grito dos Excluídos? Por certo, há de continuar ressoando cada vez mais forte Brasil afora por vida boa para todo o povo. E, em razão disso, por fora Bolsonaro e Mourão, por não termos nada a esperar desses, sequer água para os povos indígenas, quanto mais auditoria. Voz corrente que de onde menos se espera é que não se deve esperar nada. De programas de direita, entretanto, resta claro que devemos esperar sim, esperar o pior para o nosso povo.

O que contrapôr a programas tipo “I love you, Trump”? Programas emancipatórios. Sobre esses, temos que ter aprendido alguma coisa com erro de passado recente: dos programas de governo de Lula e Dilma não constou compromisso com auditoria da dívida. Enquanto militantes e eleitores (sejamos francos) bobeamos, não trabalhamos para que constasse. Por que Lula e Dilma fariam? Os que esperávamos auditoria por livre iniciativa, esperamos sem razão de ser, em vão. Paciência. Que nos sirva de lição. Só nos resta aprender, adverte-nos o poeta. De minha parte, posso (rápido parênteses) até ajudar mais à frente a ecoar grito por “volta, Lula” ou “volta, Dilma” desde que seja para que voltem e façam melhor, voltem e auditem a dívida pública. Por ora, não vejo compromisso nesse sentido, de auditar as contas de maneira a expurgarmos o que não deve continuar sendo pago,  como condição para a emancipação de nosso povo. Afinal, para que tenhamos terra, trabalho e teto para tod@s vamos precisar não só de todo mundo mas de todo centavo.

Para participação, felizmente, basta boa vontade. @s que queremos auditoria temos, pois, vez que não queremos mais esperar em vão, que estudar a fundo, de-ta-lha-da-men-te, os programas de governo dos candidatos a cargos eletivos, a começar logo mais pelo de prefeito. Melhor ainda, participar da elaboração deles. Hoje em dia isso é plenamente possível, há plataformas digitais de candidaturas criadas com esse fim. Aproximemo-nos delas. Participemos. Apresentemos ao menos a pergunta que não quer calar: por que não auditar?

Se dois candidatos ditos de esquerda se apresentaremnos pedindo voto? Escolhamos aquele em cujo programa de governo houver compromisso com a auditoria das dívidas do e para com o município. E se os dois candidados apresentarem esse compromisso em seus programas? Feliz cidade a nossa, uai, um mais um é sempre mais que dois.

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