Freirear

ESPERANÇAR. Esta tem sido uma palavra de ordem fundamental nestes tempos sombrios de negacionismos, mortes e destruição das políticas públicas. No mundo inteiro, pessoas as mais diversas, têm encontrado nas obras e nas experiências de Paulo Freire inspiração para continuar sustentando as suas utopias e para levar à frentes projetos e ações que promovam a democracia, os direitos humanos e o respeito e a promoção das diversidades que nos constituem.

FESTEJAR. A festa suspende o cotidiano e estabelece a alegria como critério de qualidade. Por isso, um aspecto dos mais positivos da celebração do Centenário de Paulo Freire ao longo de todo o ano, têm sido os festejos em torno de sua obra educativa ao redor do mundo. Festejar e se alegrar em tempos como os que estamos passando é fundamental para que consigamos energia para fazer com que nosso esperançar não seja em vão.

DIALOGAR. O centenário de nascimento do Patrono da Educação Brasileira, cujo ponto culminante se dá justamente nesta semana, tem sido fartamente utilizado para que, em torno homenageado e de seu legado, se estabeleçam diálogos os mais fundamentais para a educação contemporânea. Diálogo entre coletivos, entre saberes, entre territórios e entre os sujeitos e suas experiências educativas. Destes, um diálogo de suma importância é o que ocorre entre os sujeitos das universidades e das escolas básicas brasileiras, como o realizado pela Revista Brasileira de Educação Básica , que acaba de publicar um número especial sobre o assunto.

REVISAR. Efeito importante das celebrações em torno do centenário de Paulo Freire é relativo às inúmeras aproximações e revisões a que seu pensamento tem sido objeto. Aqui e no exterior, simpósios, seminários, encontros, cursos, aulas e periódicos têm trazido a público formas singulares ou já tradicionais de interpretação e ação baseadas no legado freireano. 

FREIREAR. A riqueza das proposições e das experiências de Paulo Freire tem contribuído para que mais e mais pessoas, coletivos e instituições (re)conheçam a sua contribuição não só para a educação, mas também para várias e dimensões da vida social, como a cultura, o teatro, a dança e as políticas públicas de um modo geral. Freirear é um bom modo de dizer de práticas e apropriações esperançosas, ávidas por justiça, por mais democracia e igualdade. Freirear é, pois, um modo alegre e ativo de esperançar!

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