A soberba e a poluição

Izabella Faria
Laila Lopes
Sofia Oliveira
Thiago Cherem

Importante patrimônio da humanidade, a água é substância química essencial para a existência de todos os seres vivos, sendo o componente inorgânico mais abundante no corpo animal. Além disso, ela é essencial para incontáveis atividades naturais e artificiais, desde o desenvolvimento embrionário até a extração de petróleo em plataformas marítimas. Apesar da dependência inevitável, o ser humano considera-se um ser totalmente independente e, consequentemente, negligencia o cuidado necessário para a preservação desse líquido universal. Como se não bastasse a falta de atenção às esgotáveis fontes de água, o ser humano também se esquece que o espaço geográfico que ele ocupa não pode ser renovado em curto espaço de tempo, poluindo e destruindo também o solo existente sob seus pés.

Segundo um estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 30% do solo mundial está degradado devido às ações humanas. Dentre as principais formas de deterioração, é possível destacar a erosão, a compactação e a perda de matéria orgânica, o que impacta negativamente diversas áreas da vida, não somente dos seres humanos, mas também de outros seres vivos. 

Infelizmente, a poluição, tanto da água quanto do solo, andam juntas, visto que as principais ações humanas, como a agricultura e a pecuária, dependem de ambos para ocorrer. Essa dependência deveria ser fator primordial no processo da preservação, mas tudo indica que o ser humano não sabe praticar relações parecidas com o mutualismo, em que todos os elementos envolvidos são beneficiados, ou ao menos com o comensalismo, em que um ser se beneficia, mas não prejudica o outro. Em uma sociedade mundialmente utópica, legislações e pesquisas poderiam ser a solução para diminuir ou mitigar tanto a destruição do solo quanto a poluição da água. Contudo, apenas essas medidas não têm sido suficientes para a resolução desse problema, que, infelizmente, acompanha a humanidade há muitos anos e pode até mesmo levá-la à destruição.

É nesse contexto que a soberba se instaura como um pecado ambiental, por meio da poluição sem limites. O ser humano vive numa ilusão tamanha que, mesmo sabendo que não podemos viver sem água, acredita cegamente na própria autossuficiência e segue destruindo inúmeras fontes de vida com atitudes estúpidas e egocêntricas. Enquanto o instinto egoísta soar mais alto que a racionalidade (capacidade de refletir o seu comportamento atual) e o ser humano se colocar como detentor de todas as coisas, a realidade de destruição futura não poderá ser mudada.

 

1 – Izabella Faria, Laila Lopes; Sofia Oliveira; Thiago Cherem: estudantes do Ensino Médio do Colégio Santo Antônio. Texto escrito a partir da atividade de produção de texto com o título “Os sete pecados ambientais”, coordenada pelo professor Lucas Silvestre Cândido.

 

Para saber mais: 

Pesquisa da ONU na íntegra. Acesse aqui


Imagem de destaque: Pixabay

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