Muitos que apoiaram o golpe impetrado contra a Presidente Dilma, a traição do Temer e o descalabro político demonstrado por Cunha e seus apoiadores, dentro e fora do Parlamento, vêm, agora, se dizer surpresos pelo fato do ministério do Presidente usurpador ser formado apenas por homens brancos, muitos dos quais processados ou investigados por uma série de delitos e, outros, sem qualquer conhecimento da pasta em que vão atuar.
Ora, quem fez o que fez para se sentar na cadeira de Presidente da República, sem voto, sem eira nem beira, não tem apreço pelas lutas políticas democráticas e pelas políticas de reconhecimento das diferenças e pela igualdade, como são as lutas femininas e das populações negras e indígenas no país. Muito pelo contrário. Para isso, é só prestar a atenção no que já disse e anunciou o “novo” ministro da (In)Justiça: a ordem é combater os movimentos sociais, tidos e havidos, desde sempre, como baderneiros e vagabundos. Voltamos aos tempos em que as classes trabalhadoras eram nomeadas e tratadas como uma “plebe ignara e revoltosa”!
Também não é surpresa a (com)fusão dos ministérios por ele proposta. Muitos cientistas e educadores se escudaram no discurso do apartidarimo ou do apoliticismo para se manterem “neutros” na luta que se travava contra o golpe. São estes mesmos que se somam, agora, aos que tiveram coragem de denunciar o golpe e, uma vez mais, denunciar o pouco apreço do Temer e seu perigoso grupo pelo desenvolvimento científico e tecnológico do país. Para que desenvolver ciência e tecnologia aqui se a intenção é, de fato, vender o país, entregando-o à sanha lucrativa da iniciativa privada? Não é este o mesmo caminho a ser percorrido na área de educação e da cultura, como bem anunciava a “ponte para o passado” desenhada pelos arquitetos do golpe?
Pois bem, desnuda a farsa, rasgada a fantasia, empreendidos os acordos, põe-se o país à venda! Quem vai comprar as escolas públicas? Quem dará mais pelas universidades? Quantos bônus receberão os professores? Qual a taxa de lucro dos empresários? Num país em que o público foi sempre tido e havido como um bem a ser apropriado pelos mais espertos e pelos privilegiados, em que ser desprivilegiado é um desvalor, o certo não é, justamente, entregar de vez o Estado à matilha ou à quadrilha que sempre assaltou os cofres públicos?
O país dividido estava e dividido está. Não há discurso em favor da unidade nacional que suture a enorme ferida provocada pela desigualdade que nos marca e que, certamente, será aprofundada com as políticas já anunciadas e outras que virão. Deste ministério que guarda poucos mistérios, temos muito é que temer!
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