Ruas de fumaça e sangue

Ivane Laurete Perotti

Do pó ao pó

desceu o cenho

lenho,

cruzado de facas

cordas de pano

contenção:

baldo,

morreu de morte matada

no bucho do camburão,

viveu de morte morrida,

estirpe,

desrazão.

Norma falida

perversa edição

confesso crime,

cabo de mão;

reinvenção do cativo

relho dobrado,

acautelado

disponível

detenção.

Uso da força

fumaça legal

ação na Cruzeiro

favela, morteiro

Rio, afinal.

Troca de falas

corpos no vão

da sala à vala

sentença à bala

câmara,

rabecão.

Sergipe,

Genis,

Valdos

Brasis,

Ubaldos

Genivaldos,

mapas da morte

enganam a sorte

indiferença letal.


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