Grafias no Cotidiano: um convite à cultura escrita

Alexandra Lima da Silva

Uma obra densa e necessária, e também, um belo exercício de uma vida dedicada à pesquisa histórica: assim leio o livro Grafias no Cotidiano: Escrita e Sociedade na História (Séculos XVI a XX), do historiador espanhol Antonio Castillo Gómez.

O meio acadêmico brasileiro merecia uma obra de fôlego como esta. Quem ganha somos nós, pesquisadores e pesquisadoras da História da Educação. Sem dúvida, é um livro que já nasce com status de referência, a ser incluído nas ementas das nossas disciplinas, da graduação à pós-graduação. Sem perder o fôlego, o livro se estrutura em 5 capítulos, a saber: Historiar a cultura escrita; Escrita e pessoas comuns; Espelhos de tinta; Letras aprisionadas.

Os muros tomam a palavra. Recupero aqui as palavras do próprio autor a respeito da importância da história da cultura escrita, que é:

“(…) por si só, inseparável de uma luta sustentada contra as proibições e dificuldades que historicamente debilitam seu uso. Conhecê-la e servir-se dela para superar o caráter efêmero da palavra é reconhecer que implica uma forma de poder. Desconhecê-la coloca o analfabeto em uma posição de inferioridade, que, em determinadas ocasiões, pode ser vivenciada como uma forma de violência. Por isso, a alfabetização deve capacitar as pessoas para entender a realidade e desenvolver a sua máxima autonomia, para escrever e ler o mundo, conforme mencionou, certa feita, Paulo Freire” (CASTILLO GÓMEZ, 2020, p. 19).

O livro merece todos os brindes: enhorabuena, professor Castillo!

Acesse o livro aqui.


Imagem de destaque: Capa do livro Grafias no Cotidiano, 2020

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