Saimo Ferreira de Souza
A Organização Mundial da Saúde (OMS), no ano de 2020, declarou oficialmente como uma pandemia o Novo Coronavírus (COVID-19). O distanciamento social como recomendação pelo órgão de saúde mundial provocou a suspensão de aulas presenciais em escolas e universidades tanto públicas como privadas em todo território nacional. Essas suspensões partiram do Governo Federal, dos Governos Estaduais, do Distrito Federal e dos Municípios. Foram momentos novos, muitas escolas de nível fundamental não estavam preparadas para o ensino remoto, professores estavam precisando se reinventar, não sem muitas dúvidas e questionamentos sobre o que o que ensinar e como ensinar nesse momento (BARBOSA E JUNGLOS, 2020).
No Brasil, o início da pandemia se deu em meados de março do ano de 2020, após poucos dias do início do ano letivo para os estudantes. Governadores dos Estados se reuniram e decretaram estado de calamidade no país. Neste período, seguindo os protocolos da OMS, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e as Secretarias de Saúde (SESA), junto ao Ministério da educação (MEC) e o Ministério da Saúde (MS), criaram portarias que normatizam as Atividades pedagógicas não presenciais (APNPs) aos estudantes da educação básica, educação de jovens e adultos, faculdades e universidades, para fins de cômputo de carga horária obrigatória referente ao ano letivo.
Com a pandemia causada pelo novo Coronavírus, um número expressivo de escolas no mundo todo teve suas atividades presenciais suspensas. Professoras e professores, agentes fundamentais no processo educacional, viram-se, de um momento para outro, tendo que atuar diante de um contexto de excepcionalidade, e alternativas passaram a ser adotadas com o objetivo de reduzir o prejuízo educacional e a preservação do direito à educação.
No Brasil, 81,9% dos alunos da Educação Básica deixaram de frequentar as instituições de ensino. São cerca de 39 milhões de pessoas. No mundo, esse total soma 64,5% dos estudantes, o que, em números absolutos, representa mais de 1,2 bilhão de pessoas, segundo dados da UNESCO (BRASIL, 2020).
Frente ao desconhecido, a sala de aula mudou, os docentes precisaram se adaptar ao novo modelo de ensino e nunca foi tão complicado mediar o conhecimento, nesse contexto iniciaram as buscas em especializações no ensino remoto, mas a única modalidade que poderia e que havia materiais disponíveis era no ensino a distância.
Seguimos aqui um desafio encontrado nos tempos de pandemia, onde os professores tiveram que se recriar, talvez atividades antes nunca vistas entram em cena para enfrentar o isolamento social, a área de educação teve e está tendo um papel muito desafiador em todos os níveis de ensino tanto na educação básica como no nível superior, uma vez que houve a necessidade de uma adaptação para a modalidade remota, sendo que nesse processo temos também outro desafio que são as desigualdades tecnológicas que agravam o cenário de incertezas qual toda a comunidade escolar está envolvida (MANDELLE, 2020).
Contudo, entendemos que no período de pandemia os docentes tiveram que se reinventar, elaborando novas estratégias de atividades para poder manter a atenção do alunado nas aulas, fugindo dos quadros e materiais físicos em sala para as telas de computadores, celulares, tablets etc. Assim também os discentes sentiram muito, pois não tinham mais o contato diário com a sua turma, colegas, professores e equipes educacionais. Estão sendo tempos novos, tanto para quem estuda, quanto para quem ensina, passamos a reaprender com as TICs.
Sobre o autor
Tutor Externo da UNIASSELVI. Especialista em EAD: gestão e tutoria.
Para saber mais
BRASIL. Fundação Carlos Chagas. Educação Escolar em tempos de pandemia. (Acesso em 15/03/2021 às 9:15h). Disponível aqui.
MANDELLI, Mariana. Pandemia revela o papel fundamental do professor. (Acesso em 10/03/2021). Disponível aqui.
BARBOSA, Ana Clarisse Alencar; JUNGLOS, Jessiel Odilon. Aspectos legais e contextualização da educação básica em tempo de pandemia. (Acesso em 15 de março de 2021 as 9:45hs). Disponível aqui.
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