Sandra Oh foi minha principal motivação para assistir a série The Chair. A atriz dispensa apresentação e tudo o que ela faz é garantia de excelente atuação.
Mas também a série vale a pena. Com apenas 6 episódios de 30 minutos cada, a série explora os muitos conflitos internos de uma tradicional universidade nos Estados Unidos, lugar em que opressões de raça, classe e gênero se reproduzem historicamente.
E tudo parece mudar quando uma mulher de ascendência asiática assume a chefia do envelhecido departamento de Letras: ela irá conseguir? Irá mudar as relações desiguais? Dentre os muitos enfrentamentos, a série explora de maneira muito interessante o conflito geracional dentro das universidades, como também os significados de pertencer a grupos historicamente silenciados numa academia em que o privilégio masculino branco não pode ser questionado ou ameaçado.
Ao término da série, interrogo: também a academia brasileira é um ambiente de relações saudáveis, respeitosas e convive bem com as diferenças e diversidade?
Imagem de destaque: Netflix