Valorizar as experiências extraescolares fortalece a aprendizagem

Marcus Periks B. Krause

O ensino no Brasil deve ser norteado por princípios legais e constitucionais, conforme nossa Lei de Diretrizes e Bases da Educação preconiza. Dentre os princípios descritos, enfatizo por meio deste ensaio o princípio da valorização da experiência extraescolar, tão necessária para motivar o aluno a dedicar-se com mais afinco aos estudos.

No geral, os alunos chegam à escola e são bombardeados por conteúdos programáticos já elaborados, e as vivências e experiências que eles carregam consigo pouco são aproveitadas como mecanismo de ensino aprendizagem, o que resulta, na maioria dos casos, em desmotivação, evasão e abandono escolar. Quando a escola não oferece condições para que os alunos desenvolvam suas experiências extraescolares ela está indo de encontro aos princípios que regem o ensino em nosso país.

Muitos alunos vivem em suas comunidades locais ou no seio familiar, experiências que podem ser exitosas como ferramentas pedagógicas e podem ser uma mola propulsora para que a aula se torne prazerosa, não apenas para aquele aluno, mas para toda a comunidade escolar.

Em meio às diversidades culturais manifestas em nosso país, não podemos deixar de aproveitar as oportunidades de utilizar destes recursos como ferramenta para motivação dos alunos nos estudos. Cada vivência, cada experiência, cada manifestação cultural pode e deve ser bem aproveitada pela escola na elaboração de seus planejamentos e propostas pedagógicas, incluindo os processos avaliativos.

A escola precisa estar atenta às experiências que seus alunos trazem em suas bagagens desde suas matrículas, aproveitando ao máximo os potenciais recursos disponíveis para adequação destas experiências ao currículo. Muitas vezes, os alunos ficam retraídos no ambiente escolar por não terem condições de expressarem, naquele ambiente, as experiências que tanto lhes trazem satisfação pessoal ou comunhão entre seus pares. Tornar os alunos protagonistas de sua educação é fundamental, assim como dar a eles oportunidades de expressarem suas habilidades e conhecimentos, desenvolvendo práticas de metodologias ativas, lúdicas e criativas baseadas em suas experiências, pois para atrair a atenção do público infanto-juvenil é preciso que as práticas pedagógicas acompanhem as inovações e evoluções nos processos de ensino.

Ao valorizar as experiências extraescolares dos alunos, a escola estará se adequando às normativas educacionais prescritas e exigidas pelas legislações vigentes e, com certeza, os benefícios ao processo de ensino-aprendizagem serão reais e eficazes.


Imagem de destaque: Leon Rodrigues/ Secom

 

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