A importância de espaços e tempos para a discussão política

Carlos Henrique Tretel

A pensar, ouvindo a FM UFMG na segunda-feira passada, 19, esperei mais uma vez que se aproximassem entrevistad@ e entrevistadores dos programas de governo dos postulantes aos cargos em disputa no próximo dia 02. Afinal, se na primeira entrevista da Série Eleições, a realizada no último dia 02, a conversa foi sobre plano municipal de educação, não me parecia impossível desde então, muito pelo contrário, esperar que fosse gestada ainda durante a série oportunidade para se falar sobre os programas de governo e o PME, o de BH ao menos, sobre o qual se acabara de falar.   

Parabenizo os organizadores da Série Eleições mas não posso deixar de externar meu inconformismo com a descontinuidade administrativa verificada em nosso país por não criarmos espaços e tempos para que se tornem bem públicos e debatidos os programas de governo, o que, no limite, nos impede, enquanto eleitores, de distinguirmos @ candidat@ que melhor avalia a sua possibilidade de atuação, se vencedor@ nas urnas, dando-nos a conhecer de maneira detalhada aquilo que considera de seu plano de vista possível realizar durante seu eventual mandato com recursos próprios da prefeitura daquilo que ( a seu ver e, principalmente,  de seu partido)  demandará articulação com outras esferas de poder, estadual e nacional.

Enquanto ouvia a entrevista sobre Escola Integrada, pesquisei no Google o assunto programas de governo. E mesmo em época de eleições, como eu já desconfiara, muito pouca coisa se encontra ainda (após mais de 30 anos de regime dito democrático) sendo publicada.

Uma pérola, no entanto, chamou minha atenção, a que sugere aos eleitores de Santarém que confiram as propostas dos candidatos nos programas de governo enviados à Justiça Eleitoral, http://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2016/09/confira-os-planos-de-governo-dos-candidatos-prefeitura-de-santarem.html

A reportagem chega a dizer que as ideias (dos candidatos) estão nos programas de governo enviados à Justiça Eleitoral e que neles estão descritas ações como criar, implantar, melhorar, entre outros. Tudo a ver, pois, com o que queremos saber hoje. Fiquei curioso por ver essas descrições, se detalhadas ou não, entrando no site indicado para acesso aos programas das candidaturas na Justiça Eleitoral, http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2016/divulgacao-de-candidaturas-e-contas-eleitorais mas não consegui, até o momento, ver os programas. Por falta de habilidade minha, assim espero, pois, a equipe de reportagem do G1, da Globo, teve acesso a eles, com certeza, tanto é assim que até cita o número de folhas do programa de cada um dos candidatos. O que me anima a continuar tentando saber como se acessa os programas dos candidatos nesse site da Justiça Eleitoral. Quiçá contando para isso com sua ajuda, car@ leitor@. Se porventura você descobrir (ou já saiba) o caminho de acesso, não se esqueça, por gentileza, de compartilhar conosco.

Até porque um dia, oxalá muito em breve, precisaremos tod@s dominar a arte de identificar bem nos programas de governo de todos os candidatos a maneira como eles pretendem interagir, se eleitos, com os diversos programas em curso nas Secretarias de Educação, como o da Escola Integrada, https://www.youtube.com/watch?v=QpPj6WveZUA , por exemplo, para sabermos se em consonância com o que se encontra aprovado,  na Lei nº 10.617, no caso em questão,  o PME de BH, http://portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DetalheArtigo&pk=1159520

Mas para chegarmos a esse entendimento um dia, precisamos conhecer esses programas que (até prova em contrário) se encontram registrados no site da Justiça Eleitoral, até para que sugiramos eventuais melhorias em suas apresentações.

Hoje em dia não há muito o que sugerir, pois, grosso modo, os candidatos não mostram programa escrito algum. Os poucos que se atrevem a mostrar o que consideram programa de governo, no entanto, nos oportunizam já hoje, felizmente, pensar a educação, pensar o Brasil. É o caso, por exemplo, do programa de governo de um dos candidatos à Prefeitura de Porto Alegre que encontrei no Google. Ainda que não seja lá muito detalhado http://raulpont.com.br/propostas/ é de todo modo útil o fato de que sua publicação nos possibilita pensar, se esse é o programa de que precisamos em tempos de PNE PRÁ VALER, pois, a julgar pelo que nele lemos, parece que Porto Alegre não tem PME. Mas como tem, lendo o referido programa ficamos com a impressão ou de que desconhece o candidato o PME de Porto Alegre ou de que não o considera ferramenta de gestão relevante.

O candidato sequer se aproxima do que já se encontra planejado e aprovado em lei para Porto Alegre! Desse jeito, só votando nulo mesmo, como aliás eu venho fazendo em razão dessa impossibilidade de avaliar programas de governo e planos de educação. Oxalá em breve eu possa voltar a votar. Por enquanto, infelizmente, só mesmo votando nulo. Forma de protesto válida enquanto as coisas são assim tratadas em nosso país. Sem profissionalismo. Sem seriedade, uai!

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