Mau agouro que nada!

Marileide Lopes dos Santos

Iniciei o mês de agosto lendo “Mau agouro” de Luciano Mendes de Faria Filho. Para quem é supersticioso, isso pode não combinar, mas garanto que vale superar o receio. O conto prende nossa atenção e é impossível parar de ler, na expectativa de saber o que aconteceria com os irmãos Galdino. O conto “Mau agouro” é apenas um dos excelentes contos presentes no livro “A primeira página e outros contos mexicanos”.

Em tempos de isolamento social, ler “A primeira página e outros contos Mexicanos”  tem sido uma das atividades mais prazerosas. Sou professora dos anos iniciais do ensino fundamental e da EJA, ao ler os contos, veio o desejo compartilhar as leituras com as/os alunas/os da EJA. Sim! Fico imaginando, os momentos enriquecedores e a boa conversa que cada conto suscitaria. Ainda mais com alunos que na grande maioria vieram do interior de Minas Gerais.

Poderia fazer uma lista enorme do que me agrada na leitura. Gosto da narrativa, do cotidiano,  do mapa mental que vamos construindo dos lugares, (penso que isso decorre da minha origem no interior da Bahia) de reconhecer em determinados personagens pessoas comuns, presentes no meu imaginário. Tem passagens que senti até o cheiro da pimenta malagueta amassada, e aí bateu foi muita saudade da minha avó que fazia molhos de pimenta maravilhosos, e por aí vai.

Não posso deixar de mencionar que Luciano foi meu orientador da iniciação científica ao doutorado. Fiquei surpresa com o livro, afinal num gênero que até então era desconhecido por nós, como sendo de sua autoria. Luciano se consolidou como uma referência na pesquisa em História da Educação. Encontrar com o Luciano literário, foi uma experiência até de certo modo engraçada, aliás, o humor também se faz presente nos seus contos. Passados alguns dias da leitura, retomando alguns contos, a memória foi trazendo a tona, que na verdade a literatura sempre esteve presente no Luciano. Ele sempre incentivava seus orientandos para que a leitura literária, se fizesse presente no cotidiano da pesquisa, especialmente da e ou sobre a época pesquisada. Quantas e quantas vezes, ouvi que era preciso ler os clássicos. Foi graças as suas influências, que Machado de Assis, Joaquim Manoel Macedo, Bernardo Guimarães, e tantos outros, passaram a fazer parte da minha caminhada de pesquisa, e porque não, a serem meus companheiros de pesquisa.

Por fim, para quem conhece Luciano, dá para perceber a fineza e elegância da sua alma, presentes em cada conto. Como bom observador e pesquisador, não deixa o leitor perder o fio da meada, prendendo nossa atenção até o fim. Fica o convite para essa boa leitura.

 

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