Em defesa da sociedade: a perplexidade deu lugar à indignação e à reação organizada da educação

Luciano Mendes

Passamos os primeiros meses deste ano perplexos diante de um governo absolutamente obscurantista e autoritário que resolveu eleger as escolas e @s professoras/es como os inimigos a serem combatidos. Nos três primeiros meses, o MEC atuou com muito afinco para destruir todas as estruturas de Estado criadas para avançarmos na pauta das diversidades e da inclusão na escola básica, isso sem contar o descalabro em outras áreas de grande importância, como a política de livro didático e da alfabetização.

Entrou um novo Ministro que, sem nenhum constrangimento político ou acadêmico, elegeu não mais a escola básica, mas as universidades públicas, como inimigas número um. O ataque ideológico e obscurantista se deu na forma de cortes de recursos e de uma campanha orquestrada, nas chamadas redes sociais, de destruição da imagem destas instituições. As mesmas tecnologias e a mesma intensidade de produção e circulação de notícias falsas utilizadas na eleição foram mobilizadas contra as instituições públicas de ensino superior.

Ao mesmo tempo, o governo manteve uma ativa pauta de destruição das políticas ambientais, da agricultura familiar, da previdência social e de muitas outras políticas asseguradoras dos direitos sociais consagrados na Constituição Federal. Não bastasse isso, a política belicista de armamento da “população de bem” ganhou novos contornos e ingredientes com a liberação do porte de armas e facilitação de sua comercialização e importação.

Sensíveis a tudo isso e baseados numa longa tradição de luta e de cuidados, @s profissionais da educação – da educação infantil à pós graduação -, foram @s primeir@s a transformar a perplexidade e a indignação em ação política organizada contra o governo Bolsonaro. Fomos, hoje, milhões de pessoas às ruas do país para dizer um BASTA Presidente Bolsonaro e suas políticas de MORTE.

Foi o dia de dizer que QUEREMOS VIVER, que MERECEMOS VIVER, todos nós, mulheres, jovens negr@s, povos indígenas, povos da periferia, os sem terra, os sem teto, os sem emprego. E merecemos VIVER BEM. E, para isso, fundamental a garantia de direitos, da democracia e das políticas públicas. A defesa enfática da educação pública e da pesquisa no país é, neste sentido, um imperativo societário: sem elas não iremos a lugar algum.

Mais uma vez @s educadoras/es saíram às ruas para EDUCAR AS CIRCUNSTÂNCIAS, para transformar a indignação coletiva em ato político, para injetar ânimo numa população anestesiada pela perplexidade diante da desonestidade e da perversidade do governo da República.

“O Rei está nú”, apontam @s profissionais da educação! E essa pode ser uma poderosa senha para que a balbúrdia criativa tome conta da sociedade brasileira no enfrentamento de um Presidente da República e de um Ministro da Educação que insistem em agredir a população.

A insanidade e a perversidade como políticas de governo da população por parte de um governo miliciano pode estar com seus dias contatos. Que venham outros 15 de maio e que eles sejam muito mais coloridos e intensos do que foi o dia de hoje!

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