Educação em movimentos, projetos e rankings: FaE e UFMG em primeiro lugar

Eugênio Magno

O que é óbvio costuma passar despercebido pelo senso comum, especialmente em tempos obscuros como os atuais. Como não pensar o Brasil, ao se propor a pensar a Educação? O inverso também pode ser formulado. Afinal, como não se pensar a Educação, ao pensar o Brasil?

Dizer o óbvio é relativamente fácil. Entretanto, a afirmação de obviedades baseada em ações concretas é outro papo. E não é só papo, ainda que seja aquele papo, das noites de segunda-feira, transmitido pela Rádio UFMG Educativa (ancorado por Yolanda Assunção e conduzido por Tatá), programa do qual tenho muito orgulho de ter participado, como produtor e apresentador do quadro Cinema Falado, no período de 2013 a 2015, sob a coordenação da professora Inês Teixeira.

O Pensar a Educação, Pensar o Brasil – 1822-2022 (PEPB) vem articulando desde a sua criação, em 2007, diversas atividades que estimulam atitudes concretas, fazendo memória das contribuições da Educação para a formação do povo brasileiro e projetando seus contínuos aportes para a construção de um país, justo, igualitário e democrático. Este projeto é fruto da ousadia dos seus inventores, os professores, Luciano Mendes de Faria Filho e Tarcísio Mauro Vago (Tatá), coordenadores gerais do PEPB.

A partir da capacidade técnica e científica, gregarismo e articulação dos dois professores e de outras competências discentes, docentes, técnico-administrativas, de servidores e de dezenas de colaboradores internos e externos à UFMG, que se juntaram ao projeto, ele vai se consolidando como lócus comprometido com uma práxis de permanente ação-reflexão-ação. Seu nome e sua proposta são e dão, a cada dia, novas provas, respostas e reverberações inequívocas do porque veio – em constantes movimentos –, no ir vir de saberes, pensares e práticas coletivas.

No primeiro dia deste mês de outubro, para citar um exemplo próximo, o Pensar apresentou ao público que lotou o Auditório Luiz Pompeu, da Faculdade de Educação (FaE/UFMG), a sua filha caçula: a série documental, O pão nosso de cada dia, sobre desafios e cotidianos de professoras de Educação Básica. Uma ação da Revista Brasileira de Educação Básica, que tem como editora responsável a professora Libéria Neves e o professor Eliezer Costa e é coordenada por Vanessa Costa de Macêdo (editora executiva da revista) e corroteirista das narrativas professorais, juntamente com Thiago Rosado que dirigiu os quatro episódios da série. O evento contou com a participação da professora e cineasta Edileuza Penha de Souza, da Universidade de Brasília (UnB), que mediou uma mesa de debates após a exibição dos depoimentos fílmicos com a presença das personagens da série, Angélica Ferreira, que leciona Português; Isabela Assis, recém-formada professora de Teatro; Vanderléa Assis e Hélder Junio de Souza, os dois últimos, professores de História.

Mas o Pensar vai muito além do vídeo, da revista, do rádio e deste jornal, Pensar a Educação em Pauta, coordenado por Priscilla Bahiense. No campo da Pesquisa, além da FaE/UFMG, o projeto integra, em rede, outras onze instituições universitárias abordando a história da educação brasileira; edita a publicação Pensar a Educação em Revista, periódico de revisão bibliográfica sobre os principais temas da educação e, através do seu Observatório, desenvolve pesquisas e monitora diversos canais de divulgação científica do país. O PEPB organiza Seminários e conferências temáticas; abastece e abriga o Centro Virtual de Multimídia em Educação (CEVIME), que sistematiza e referencia produções nacionais e estrangeiras em torno de temas da educação; realiza Produções Audiovisuais e se ocupa da Gestão de Mídias, mobilizando e articulando diferentes dispositivos midiáticos para a divulgação dos conteúdos produzidos pelo projeto. Na área do ensino oferece estágios e oferta disciplinas na graduação e na pós-graduação. A Coleção de Livros do PEPB com suas séries: Ensaios, Seminários, Estudos Históricos e Clássicos da Educação Brasileira, já se aproxima de cinquenta títulos lançados.

Neste breve levantamento aqui apresentado dá para se ter uma ideia da envergadura do Pensar a Educação, Pensar o Brasil, que interage e proporciona a visibilização de tantos outros projetos, grupos de pesquisa e extensão, departamentos e ações afirmativas e inclusivas da FaE, devido as suas características, arquitetura em rede (ou teias) e o seu marco temporal definido.

Na trincheira deste importante enfrentamento da disputa de sentidos e narrativas históricas do Brasil contemporâneo, tendo em vista as comemorações do bicentenário da nossa independência, o protagonismo da educação brasileira – cuja atuação nos processos emancipatórios tem sido notadamente decisivo – é imprescindível. A força dos sujeitos coletivos da educação é notória, tanto em macro, quanto em micro territórios. Prova disso é a vitalidade e potência da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, uma das unidades mais pulsantes do Campus Pampulha.

Criada em 1968 e vivendo, portanto, a sua plena maturidade, a FaE, aos 51 anos, é muito mais que uma instituição formadora de educadores, pedagogos e professores (pesquisadores e extensionistas), fundada na indissociabilidade dos pilares Educação, Pesquisa e Extensão. A diversidade de projetos gestados, sediados, apoiados, difundidos e acolhidos pela FaE, fazem desta faculdade uma grande rede conectada a outras hiper-redes. As reflexões geradas em seu espaço provocam ondas propulsoras de engajamento. Deflagram manifestações, têm grande capilaridade e proporcionam o indispensável abrigo institucional às várias ações colocadas em movimento pelos múltiplos agentes do processo educacional que se fazem presentes, em permanente conexão neste território, de forma física (presencial) e online.

Não é à toa que a UFMG foi considerada a melhor universidade do país e o curso de Pedagogia – da nossa FaE – ocupa o primeiríssimo lugar no ranking universitário brasileiro, divulgado no início desta semana.


IMAGEM DE DESTAQUE: Yolanda Assunção

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