EDUCAÇÃO EM MINAS – EM

Minas Gerais tem a melhor educação básica do país. Posição confirmada pelo último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), apurado pelo Ministério da Educação (MEC) e validado por organizações independentes da sociedade civil. Estudo da ONG Todos pela Educação revela que sete municípios mineiros integram a lista das 10 cidades brasileiras consideradas de excelência em educação pública. E se Minas é a campeã do mérito, também o é da equidade: segundo a Fundação Lemann, a maioria das escolas do país que se destacam no oferecimento de ensino de qualidade a alunos de baixo nível socioeconômico está em Minas. Os dois estudos, de 2012 e 2013, respectivamente, basearam-se na Prova Brasil, aplicada pelo MEC.

 Esses extraordinários resultados estão associados à nossa capacidade de inovação. Em 2007, adotamos uma estratégia que revolucionou, em todas as escolas estaduais, os anos iniciais do ensino fundamental: o Programa de Intervenção Pedagógica. Chamado de PIP, ele nos permite propor estratégias de intervenção, apoiar professores e alunos, e, assim, garantir a qualidade do ensino. Não por acaso, de 2006 a 2012, o percentual de alunos que sabem ler, escrever, interpretar e fazer síntesede textos em padrão considerado recomendável praticamente dobrou – subiu de 48,6% para 87,3%.

 Outro exemplo é o Reinventando o Ensino Médio, que enfrenta um dos gargalos da educação. Segundo o EducaCenso, dos alunos que iniciam os estudos no 1º ano, 38,2% não terminam o ensino médio no tempo regular. Ou são reprovados ou abandonam em algum momento.  Idealizado para propor uma completa transformação, por meio de percursos personalizados que reforçam a relação entre os mundos da escola e do trabalho, o Reinventando o Ensino Médio estará presente em 2014 em todas as 2.189 escolas estaduais de ensino médio de Minas Gerais, beneficiando, até 2016, cerca de 740 mil estudantes. Atualmente, em caráter piloto, o programa está em 133 escolas em todo o estado.

 E se hoje avaliar se tornou uma prática usual e necessária na educação, é preciso destacar que, em Minas, essa postura começou a ser adotada há mais de uma década, quando criamos o Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública (Simave). Agora, anualmente, são avaliados cerca de 600mil estudantes, em todas as escolas estaduais mineiras, por meio dos programas de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) e da Rede Pública de Educação Básica (Proeb). E, além disso, o Simave atende estudantes de todas as cidades do estado, pois o Proalfa e o Proeb também são oferecidos pelo governo de Minas a todas as 9.314 escolas municipais.

 Esses resultados são fruto do compromisso dos profissionais da rede estadual de ensino com o cumprimento de políticas públicas que assegurem um ensino de qualidade para 2,3 milhões de alunos, distribuídos em 3.686 escolas estaduais. Esse empenho é essencial para que tenhamos alcançado, ano a ano, as primeiras posições no cenário nacional. Por isso, sabemos que a remuneração dos professores, em todo o Brasil, precisa evoluir. Por outro lado, também é necessário reconhecer que, em Minas, temos avançado muito nesse quesito. Em 2003, a folha anual de pagamentos era de R$ 3,3 bilhões, valor que saltou para R$ 8,7 bilhões no ano passado, ou seja, um crescimento de 163,64%. A evolução do pagamento da folha da educação comprova o esforço do governo de Minas para garantir aumentos reais dos salários dos professores.

Estamos certos de que esses avanços são reconhecidos pelos profissionais da educação e pela sociedade. Partilhamos todos da mesma visão, que entende a educação, em todas as suas dimensões, como o mais consequente dos instrumentos para a construção de uma sociedade justa e desenvolvida. Estamos no século em que o conhecimento é o insumo fundamental para a qualidade dos nossos profissionais e, por extensão, do nosso desenvolvimento.