Celebrações centenárias, disputas pedagógicas: sentidos para a educação nos 100 anos da Independência do Brasil (1922) e da Lei de Instrução Pública (1927)

Priscilla Bahiense

 

Este projeto de pesquisa tem como objetivo investigar a produção de sentidos para a educação durante a década de 1920 a partir das comemorações do Centenário da Independência do Brasil (1922) e da Lei de Obrigatoriedade de Ensino (1927). Para tanto, faz-se necessário considerar as dimensões utópica e imaginária presentes nos rituais e festas cívicas, alinhadas aos repertórios político e educacional da década de 1920. O recorte temporal utilizado nesta proposta de pesquisa é marcado pelas comemorações do centenário da Independência do Brasil (1822/1922) e da promulgação da Lei de 15 de outubro de 1827 (1827/1927), tendo como recorte geográfico o estado de Minas Gerais, sendo que, no âmbito da comemoração de 1927, está a Reforma Francisco Campos, datada de 15 de outubro daquele mesmo ano. Mobilizados, sobretudo, pela necessidade de ruptura com o passado monárquico, intelectuais e políticos acabaram por ocupar os espaços públicos para questionar e propor mudanças para a educação no Brasil a partir da construção de um projeto republicano. Para a realização da pesquisa sobre os discursos e suas representações nas comemorações aqui contempladas, serão utilizados como fontes: ordenamentos jurídicos; periódicos, aqui priorizando revistas e jornais; documentação escolar; e a produção dos intelectuais da educação no período. Tais fontes serão analisadas a partir do entendimento dos conceitos de repertório e moderno, compreendendo o papel dos intelectuais que produziam os discursos nelas contidas, como uma forma de conformar o imaginário educacional nacional.

 


PALAVRAS-CHAVE: Imaginário Educacional Nacional; Comemorações Cívicas; Centenário da Independência; Lei de Obrigatoriedade de Ensino.

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