A arma da população é Educação

Dalvit Greiner de Paula

 

Lute como uma pesquisadora. Não é mole não, tem dinheiro pra milícia, mas não tem pra educação. Lute como uma professora. A balbúrdia vai te pegar. A educação não tem preço, sua falta tem custo. Eu defendo a educação. Põe a mão na consciência: enquanto fazem os cortes, seremos resistência. A balbúrdia paralisada. O conhecimento destrói mitos. Pela ciência brasileira. Você é um conservador? Então conserva a minha universidade. Tem tanta coisa que nem cabe em um cartaz. Estudantes indígenas pela educação. Educação é prioridade. Balbúrdia é cortar dinheiro da educação. A educação não é privada, mas o governo está cagando nela. A balbúrdia tá no Planalto. Pós-graduandos em defesa da Amazônia, educação e ciência. Educação não é mercadoria. As mulheres indígenas estão nas ruas pela educação. Não aos cortes. A arma da população é educação. Não ao corte de verbas. Balbúrdia é fazer arminha com a mão, empregar milicianos, assassinar vereadora, músico e portador de guarda-chuvas. Balbúrdia é acabar com a Previdência e fechar Universidade. É querer que os outros parem de pensar porque você não concorda. Balbúrdia é ter votado 17 e ainda não ter se arrependido. Educação não é gasto é investimento. Quem faz balbúrdia é governo, Universidade pública faz ciência. Educação influi sobre toda a vida: cuidado. É greve porque é grave! Em defesa da escola pública, gratuita e de qualidade. Educação forma pessoas, pensamentos. Balbúrdia é cortar dinheiro da educação. O governo não dá educação  porque à educação derruba o governo. + livros – armas. Em defesa do nosso futuro: educação não é balbúrdia. Nenhum passo atrás: em defesa das cotas. Em defesa da ciência e educação públicas. Tira a mão da minha educação. Sem educação já basta o Presidente. O governo não vai conseguir acabar com a ciência, pois a ciência está em nós e nos nossos territórios indígenas. Sem educação e armado: que país é este?

Escolha o seu grito de guerra. É isso mesmo: estamos no meio de uma guerra. Então, muita coragem e cara feia para enfrentar o que vem vindo a passos largos nesse governo. A passeata real é coisa séria com um repertório de luta repetitivo, mas ainda eficiente na sua comunicação com o público à sua volta. Roupas pretas, palavras de ordem, cartazes e faixas cada vez melhores e algumas fantasias. Cá estou acompanhando algumas imagens nas redes sociais. São muito engraçadas, porém com um sentido bastante profundo. Se de esquerda, uma repetição do real, em fotos, filmes, depoimentos. Se de direita, uma tentativa insana de ignorar e desconhecer a realidade, ou seja, “um bando de idiotas inúteis” desfilando por aí. Bom para fazer pesquisas universitárias. Ou balbúrdia, como queiram.

Do outro lado, a passeata virtual é linchamento puro. As palavras de ordem são de baixo calão e verdadeira idiotice. Não se lê um argumento sequer para que se abra uma discussão.

Passando a caravana, filosofemos. Que foi um sucesso, não tenha dúvida. Os números da educação são contados aos milhares, dezenas e centenas de milhares de pessoas nas ruas do Brasil que, se somadas, tira muito congressista do poder. (Aliás, seu deputado ou vereador estava lá? Se não, já te adianto o voto dele.) Claro, somados devemos ser três e meio por cento da população, porém o impacto é muito grande. O recuo do presidente não desestimulou ninguém. Aliás, o recuo foi fake.

Se for tudo tão comum, então o que é que chama a atenção? Chama a atenção um movimento com chamada tão recente e a imensa disposição e disponibilidade das pessoas. Arregaçamos as mangas. Agora é não sair da rua até acabar a obra. Claro que os estudantes, na minha modesta opinião, são os maiores protagonistas desse evento. O brilho nos olhos da estudantada é motivador e animador: e nós, ali no meio rememorando nossos “Fora Collor!”

Passeatas marcam a história da humanidade e, por mais que digam que não acontece nada (ainda existem os céticos), elas são, no mínimo uma grande e verdadeira festa da Democracia. Muita cor (preto é lindo, vermelho é lindo, arco-íris é lindo), muita música, muito riso e alegria. Muita festa. Como amante da Democracia tolerarei o governo de Jair Bolsonaro até o seu último dia (que seja breve!). E numa verdadeira Democracia a oposição é imprescindível: estou na oposição, em greve!

Imagem de destaque: Yolanda Assunção

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