15 de maio, Greve Nacional da Educação

Editorial do Jornal Pensar a Educação em Pauta nº 235

Contaminado pelos ares podres da morte exalados pelo governo que assumiu a República em 01 de janeiro, o ar respirado no campo da educação e dos direitos está se tornando quase irrespirável no país. Além de atacados em seus direitos mais elementares, inclusive naquele de dar aula com tranquilidade, os profissionais da educação têm sido apresentados pelo governo Bolsonaro como os inimigos da pátria.

Como todo governo autoritário, o governo Bolsonaro e seus apoiadores em diversos estados da Federação não suportam o pensamento crítico e a própria política, apelando continuamente para a violência física e simbólica e para o silenciamento do outro como formas de se sustentar no poder e cumprir a agenda antipopular e antinacional que lhes foi designada pelo grande capital transnacional e pelas elites mais reacionárias do país. O recente ataque às ciências humanas e sociais e às universidades faz parte dessa agenda da morte.

Diante disso, as reações dos movimentos organizados têm sido sistemáticas, mas, no mais das vezes, reativa. A estratégia de guerra do governo federal de baixar, dia sim e outro também, uma medida nefasta em áreas estratégicas para a população brasileira, tem surtido o efeito de impedir uma reação articulada e criativa dos movimentos sociais e, mesmo, da oposição parlamentar.

A educação pública brasileira, que já vinha enfrentando grandes desafios, como o de transformar o tempo de permanência de crianças e jovens na escola em tempo de aprendizado e de formação para a cidadania ativa, passou, com o governo Bolsonaro, a enfrentar dificuldades trazidas pelas políticas de desmonte do Estado Brasileiro. Nestas políticas, que se baseiam na convocação permanente da violência e da morte como substitutivas da política e de uma vida de direitos e garantias, a educação pública e suas profissionais são as que mais sofrem. São as mais penalizadas com os cortes de verbas, com as propostas de destruição do Estado e pela implantação de políticas educacionais conservadoras e reacionárias.

Diante deste quadro, a convocação de uma Greve Geral da Educação, abrangendo desde a educação infantil até a pós-graduação, é uma iniciativa salutar e politicamente acertada. É mais do que necessário que as profissionais da educação, sobretudo as da educação pública, suspendam os serviços ofertados à população para que possam manifestar a sua indignação com as políticas do governo federal e organizar a luta para os enfrentamentos vindouros. É preciso parar agora para que possamos continuar, no futuro, trabalhando e ofertando uma educação de qualidade para todos. Como professoras e professores, precisamos educar as circunstâncias e torná-las mais favoráveis à formação de sujeitos críticos e criativos. Para isso é preciso dar um basta ao governo Bolsonaro e às suas políticas de morte e destruição. Se tal não for feito, nem os mortos descansarão em paz, como temos visto com o investimento contra o legado de Paulo Freire, grande Patrono da Educação Brasileira.


Imagem de destaque: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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15 de maio, Greve Nacional da Educação: é preciso educar as circunstâncias!

Contaminado pelos ares podres da morte exalados pelo governo que assumiu a República em 01 de janeiro, o ar respirado no campo da educação e dos direitos está se tornando quase irrespirável no país. Além de atacados em seus direitos mais elementares, inclusive naquele de dar aula com tranquilidade, os profissionais da educação têm sido apresentados pelo governo Bolsonaro como os inimigos da pátria.

Como todo governo autoritário, o governo Bolsonaro e seus apoiadores em diversos estados da Federação não suportam o pensamento crítico e a própria política, apelando continuamente para a violência física e simbólica e para o silenciamento do outro como formas de se sustentar no poder e cumprir a agenda antipopular e antinacional que lhes foi designada pelo grande capital transnacional e pelas elites mais reacionárias do país. O recente ataque às ciências humanas e sociais e às universidades faz parte dessa agenda da morte.

Diante disso, as reações dos movimentos organizados têm sido sistemáticas, mas, no mais das vezes, reativa. A estratégia de guerra do governo federal de baixar, dia sim e outro também, uma medida nefasta em áreas estratégicas para a população brasileira, tem surtido o efeito de impedir uma reação articulada e criativa dos movimentos sociais e, mesmo, da oposição parlamentar.

A educação pública brasileira, que já vinha enfrentando grandes desafios, como o de transformar o tempo de permanência de crianças e jovens na escola em tempo de aprendizado e de formação para a cidadania ativa, passou, com o governo Bolsonaro, a enfrentar dificuldades trazidas pelas políticas de desmonte do Estado Brasileiro. Nestas políticas, que se baseiam na convocação permanente da violência e da morte como substitutivas da política e de uma vida de direitos e garantias, a educação pública e suas profissionais são as que mais sofrem. São as mais penalizadas com os cortes de verbas, com as propostas de destruição do Estado e pela implantação de políticas educacionais conservadoras e reacionárias.

Diante deste quadro, a convocação de uma Greve Geral da Educação, abrangendo desde a educação infantil até a pós-graduação, é uma iniciativa salutar e politicamente acertada. É mais do que necessário que as profissionais da educação, sobretudo as da educação pública, suspendam os serviços ofertados à população para que possam manifestar a sua indignação com as políticas do governo federal e organizar a luta para os enfrentamentos vindouros. É preciso parar agora para que possamos continuar, no futuro, trabalhando e ofertando uma educação de qualidade para todos. Como professoras e professores, precisamos educar as circunstâncias e torná-las mais favoráveis à formação de sujeitos críticos e criativos. Para isso é preciso dar um basta ao governo Bolsonaro e às suas políticas de morte e destruição. Se tal não for feito, nem os mortos descansarão em paz, como temos visto com o investimento contra o legado de Paulo Freire, grande Patrono da Educação Brasileira.


Imagem de destaque: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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