Para além das ocupações, mobilização nacional – Yolanda Assunção

Para além das ocupações, mobilização nacional

Yolanda Assunção

Seguindo a movimentação estudantil do Brasil, professores e servidores técnico administrativos de universidades e escolas de todo país se movimentam em sentido à paralisação de suas atividades. Em protesto contra a PEC 55 (chamada de PEC 241 enquanto tramitava na Câmara dos Deputados), a MP 746 que reforma o Ensino Médio e outras propostas que afetam direitos e serviços sociais, trabalhadores se organizam para interromper o funcionamento de certos setores afim de chamar atenção do poder público.

Em algumas instituições esta paralisação faz parte de uma greve unificada. Esse é o caso da Universidade Federal de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Mesmo que em assembleias diferentes, alunos e professores da UFU entraram em greve em protesto contra as decisões e propostas que interferem drasticamente no funcionamento da instituição. Segundo a professora Karine Klinke que faz parte do comando de local de greve, as discussões sobre os impactos da PEC 55 e da MP 746 começaram na universidade  ainda durante o processo de impeachmant da presidenta Dilma Rouseff. Contudo a movimentação dos estudantes secundaristas foi importante para a decisão pela greve. “Uma vez que os alunos do Ensino Médio ocuparam as escolas, suscitou uma discussão maior sobre os impactos disso tudo na formação e na estrutura da educação” relata a professora.

Na UFMG a greve dos professores foi deflagrada no dia 11 de novembro em assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco, a APUBH. Segundo a organização, a greve “foi deflagrada para sinalizar a oposição da categoria à aprovação da  PEC 55/16 (PEC 241) que estabelece um teto para os gastos do governo federal e uma série de ‘punições’ reduzindo investimentos na saúde e educação e transferindo aos servidores  federais e a população o ônus da falta de investimento nesses setores.”

O movimento também alcançou professores da Rede Estadual de Minas Gerais, na última sexta-feira, 11, a categoria realizou uma paralisação geral. A presidenta do Sindicato único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, Beatriz Cerqueira, lembra que a movimentação popular chama atenção da opinião pública para a PEC 55 e seus efeitos. “Se não tivessem acontecendo as ocupações, a população não saberia o que é a PEC. O que nós precisamos fazer é intensificar nossos processos de resistência. Nenhum outro trabalhador tem acesso e lida com tantas pessoas como o professor. Não vamos deixar de discutir o que está acontecendo no país. Essa é a parte política que nos cabe quanto classe trabalhadora.” declarou Beatriz Cerqueira em reunião sindical.

Os Servidores Técnico-Administrativos de instituições de ensino do país também se movimentam em protesto contra a Proposta de Emenda Constitucional. Tanto com a paralisação de atividades quanto em atos públicos, os servidores demonstram sua insatisfação com as propostas do Governo Federal. O Sindicatos dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino está convocando assembleias locais e nacionais desde o início de outubro para discutir os impactos da PEC 55 no setor e organizar a categoria.

A movimentação de greve já atinge instituições de todas as regiões do país. Em Minas Gerais, UFMG, UFU, UFOP, UFTM, Unifal, UFVJM e UFSJ.

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