E quem não ganhou medalhas, mas tentou? Não existe só a história dos vencedores…

Paulo Henrique de Souza

“Todo desenvolvimento verdadeiramente humano significa o desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias e do sentimento de pertencer a espécie humana”
– Edgar Morin
(francês como a Olimpíada)

A busca por uma medalha olímpica e a luta por melhorar os índices educacionais no Brasil podem ser vistas como trajetórias cheias de desafios, esforços e aprendizados. Embora não alcançar uma medalha ou ter índices baixos possa ser desanimador, ambas as situações têm pontos em comum que revelam a complexidade e a importância do processo de crescimento e desenvolvimento.

Persistência e dedicação são características de atletas que tentam, mas não conseguem uma medalha olímpica, dedicam anos de treinamento árduo, enfrentando inúmeras dificuldades e não atingem seus resultados. Da mesma forma, professores, educadores e gestores educacionais no Brasil trabalham incansavelmente para melhorar a qualidade da educação, apesar das adversidades. Em ambos os casos, o empenho contínuo é essencial, mesmo quando os resultados imediatos não são os desejados.

Cada resultado depende de recursos e apoio, afinal as conquistas de medalhas olímpicas não dependem apenas dos esforços individuais dos atletas, mas também do apoio recebido em termos de recursos, infraestrutura e treinamentos qualificados. Similarmente, os índices educacionais dependem de políticas públicas eficazes, investimentos adequados em infraestrutura, formação de professores e suporte à comunidade escolar. A falta de recursos adequados em ambos os cenários pode comprometer significativamente o sucesso.

A importância de uma cultura focada na antifragilidade, resiliência e aprendizado marcam os hábitos dos atletas que não alcançam a medalha, mostrando que precisam ser anti frágeis e resilientes, aprendendo com suas falhas e ajustando suas estratégias para futuras competições. No campo da educação, a baixa performance nos índices nacionais deve ser um ponto de partida para análise crítica, identificação de falhas e implementação de melhorias. Em ambos os casos, o fracasso pode ser transformado em uma oportunidade de aprendizado e crescimento. Inegavelmente, o aprendizado por competências e habilidades mudará as evidências de avaliação.

Notadamente, pensar o impacto social e cultural do esporte e seus vínculos com a educação à luz da participação olímpica inspira comunidades e nações, promovendo valores como esforço, disciplina e superação. Similarmente, a melhoria na educação tem um impacto profundo e duradouro na sociedade, promovendo a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento social. Tanto a busca por uma medalha quanto a melhoria dos índices educacionais são esforços que transcendem o indivíduo, refletindo um compromisso com o bem-estar coletivo.

Visão de longo prazo possibilita tanto atletas quanto os professores, gestores, educadores e estudantes a buscar ter uma visão de longo prazo. O caminho para uma medalha ou para a melhoria da educação é longo e requer planejamento estratégico e paciência. As vitórias não acontecem da noite para o dia, e é necessário um compromisso contínuo com a melhoria e a excelência.

Em suma, tanto os atletas que tentam uma medalha olímpica quanto os profissionais da educação enfrentam desafios semelhantes de persistência, necessidade de recursos, resiliência e impacto social. Ambos os cenários destacam a importância de um esforço contínuo e comprometido para alcançar o sucesso, apesar das dificuldades e dos resultados adversos iniciais. As políticas públicas devem ser exigidas por todos que desejam mudanças! Afinal, ou a educação muda ou a dança! E a sociedade não pode ficar muda!

 

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