CL – Nº 71 – 19/12/2014

Registros do ensinar e do aprender: disciplina e conhecimento

Carlota Boto

Vai aqui apenas um recado, um post scriptum, para mostrar um modo de usar a leitura.

Fui domingo, dia 14 de dezembro assistir à pré-estreia mineira de O segredo dos diamantes, filme de Helvécio Ratton, com três jovens excelentes atores que fazem os protagonistas do filme: Ângelo (Matheus Abreu), Julia (Rachel Pimentel) e Carlinhos (Alberto Gouvêa).  A trama, resumidamente, pois é importante guardar o segredo dos diamantes, é construída assim: Ângelo e seus pais viajam pelo interior de Minas, região do Serro, Diamantina e cercanias – que paisagens!!- e ficam sabendo, pela internet, que foi achado, na cidade para onde se dirigem e os espera o feijão tropeiro da avó, o baú do Padre Oliveira, em que deveriam estar escondidos diamantes. Um acidente violento com consequências sérias (um efeito especial maravilhoso!) corta a conversa. As circunstâncias familiares não permitem que o pai, em coma grave, seja transferido para um hospital com melhores condições de atendimento. E Ângelo decide então retomar as explorações feitas por seu pai e tio quando crianças em busca dos diamantes.

No baú encontrado só havia algumas moedas e uns escritos. Nos escritos está a chave do segredo. Como um enigma, estão escritos: Inferno: nonono; Purgatório: nonono; Paraíso: nonono. O padre achava que eram referências à Bíblia ou ao Novo Testamento, mas na Internet os amigos descobriram que se tratava de uma obra da literatura universal, intitulada A Divina Comédia, que é assim dividida, e se puseram em busca dos livros com um descendente do Padre Oliveira, no sebo da cidade e com uma velha senhora.

Cada uma dessas fontes possui um exemplar e à custa de fotografias com o celular e de arrancar uma página do volume 3 (vamos desculpá-lo, a causa era premente e questão de vida ou morte) os amigos conseguem montar o quebra cabeça. Mas não foram só eles – afinal, em uma cidade histórica mineira os tesouros estão à espera de quem os ache. A partir daí, muita aventura e ação, bem filmadas, com efeitos especiais muito bem feitos, locações lindas, ótimos atores e atrizes, envolvem os espectadores em um thriller de ótimo suspense. E a leitura, os livros e os escritos estão no filme o tempo todo: o escritório do avô que havia sido escritor; um caderno com o registro das aventuras do pai e do tio; o sonho que Ângelo tem, em que se vê em um corredor cheio de livros que se movem que passam por ele voando e o levam ao desvendamento do enigma; o Google que traz informações necessárias…

E, sobretudo, o que há de simbólico no fato de que o segredo esteja em um livro ou: o segredo está nos livros. Segredo de que? Ora… qualquer segredo já está em um livro, não adianta escondê-lo, um dia o leitor vai achá-lo, um dia saberemos todos os segredos. Ou não. Não acredito que Helvécio fez isso por acaso…

Vejam o filme, tenham vocês a idade que tiverem!

http://www.quimerafilmes.com.br/

http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-110651/

http://novo.infojoia.com.br/noticias/interna/14285/helvecio-ratton

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