Terceira edição do Fala Ciência mobiliza divulgadores de ciência do estado – Thayse Menezes

Terceira edição do Fala Ciência mobiliza divulgadores de ciência do estado

Thayse Menezes

Palestras e worshops pensam o futuro da Ciência no país. Como sobreviver?

Na última quinta-feira o professor Ildeu de Castro Moreira da UFRJ, nos brindou com uma palestra reveladora e inspiradora na sede da Fapemig em Belo Horizonte. A fala ocorreu durante o 3º Fala Ciência realizado pela Rede Mineira de Comunicação Científica em parceria com a FAPEMIG.

Um dos principais pontos tratados pelo professor, que integra o Ministério da Ciência e Tecnologia desde o governo Lula, foi sobre a forma com que o atual governo vem tratando a Ciência no país.

Está claro que é preciso melhorar a qualidade da Educação, e principalmente o acesso à ela, sabendo que a educação está diretamente ligada à inovação. Nos últimos quinze anos o número de mestres e doutores só fez crescer no país, ainda assim no próximo ano serão feitos vários cortes no orçamento de órgãos fundamentais para o acesso à Educação e à Ciência. Isso sem contar a provável aprovação da PEC 55 (antiga PEC 241), projeto de lei esse que cria um teto de investimento em vários setores do país por vinte anos.

O orçamento da Coordenação de Aproveitamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) passará de 7 bilhões em 2016 para 4,6 bi. Já o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação antes da fusão ao Ministério da Cultura recebeu 10 bilhões este ano, e para o próximo terá o orçamento de 4,6 bilhões, valor esse que será dividido com a outra pasta, ou seja, nem 2017 a Ciência, Tecnologia e Inovação no país terá 77% a menos para custear todos os investimentos.

Como podemos ter crescimento sem investir? Sendo que países como China e EUA aumentam seus investimentos em Ciência todos os anos.

Apesar das circunstancias é preciso comunicar, é preciso conectar as pessoas com à divulgação científica, é fazer todos terem acesso ao conteúdo, pois isso é fundamental para superar desafios. O físico norteamericano Richard Feynman disse em 1959 que “There’s a plenty of room at the bottom” (Há muito espaço lá embaixo), frase a qual o professor relacionou ao diagnóstico da Red de Popularización de la Ciencia y la Tecnología en América Latina y el Caribe (RedPop), de que apenas 10% da população lationoamericana é atingida por atividades diretas de Divulgação Científica. No Brasil essa porcentagem passa para 15%.

Como então conectar as pessoas com a Ciência? O professor Ildeu também citou Milton Nascimento “Todo artista tem de ir aonde o povo está”. Assim também deve estar a Ciência.

Esse ponto também foi tratado no workshop “Como transformar o conteúdo científico em brincadeira” , durante a segunda metade do evento. A atividade foi conduzida pelo professor Evandro Ferreira Passos fundador do Instituto Mão na Massa e Parques da Ciência. A proposta tem mais de 50 experimentos em seu acervo que despertam a curiosidade de pessoas de qualquer idade, muitas vezes confeccionadas com poucos materiais, e com baixo custo. O professor contou um pouco sobre a sua experiência com o público e apresentou cinco experimentos que tinham muito de Ciência, mas que eram simples, acessíveis e de baixo custo.

 O encontro revelou pontos importantes da popularização da Ciência. O interesse não deve surgir por obrigação, e sim por experiências. O ser humano é capaz de aprender ao longo da vida. Independente das circunstâncias, a Ciência deve persistir e resistir.

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