Formação Transversal em Divulgação Científica inicia com videoconferência com o professor Marcelo Gleiser

Thayse Menezes

Os professores Marcelo Gleiser e Yurij Castelfranchi conversaram sobre a importância da divulgação cientifica em aula aberta a nova modalidade de formação transversal ofertada pela UFMG.

Na tarde da última segunda-feira, deu-se inicio à Formação Transversal em Divulgação Científica, nova modalidade ofertada pela UFMG. Com o título de ‘’Compartilhar o saber: necessário para a democracia, imprescindível para a ciência. ’’ a aula inaugural contou com a presença do professor do departamento de Sociologia da UFMG Yurij Castelfranchi que mediou a videoconferência com Físico e Professor Marcelo Gleiser do Dartmouth College,em Hanover, no estado de New Hampshire, EUA, onde detém a cátedra de Appleton Professor of Natural Philosophy. Juntos reiteraram a importância da divulgação científica para a maior circulação de informações.

Uma das falas mais importantes do professor Marcelo foi a de que: ‘’A ciência é um veículo de conhecimento da natureza, e não só da natureza fora de nós mesmos, mas também, obviamente, da nossa própria natureza’’. Ainda falou sobre os vários grupos de recepção da divulgação científica e como este é um veículo democrático, onde o engajamento na busca pelo conhecimento torna-se mais do que conseguir respostas, e sim questionar-se sobre como é possível alcançá-las. Apesar de existirem perguntas sem respostas, o público deve conhecer, além do processo, como nasce a hipótese.  A divulgação científica não forma cientistas, mas informa. Professor Gleiser ressaltou que o que falta para o Brasil se tornar um país inovador é tornar o conhecimento público.

Um dos objetivos de projetos como este é criar ferramentas para que o pesquisador consiga adaptar a linguagem da divulgação cientifica para diferentes públicos. Um exemplo são as crianças que são cientistas desde cedo ao fazer pequenos experimentos no seu dia a dia, começam a compreender o mundo a sua volta. Ou grupos que de realidades e oportunidades sociais distintas. E, além disso, ajuda a desmistificar a ideia do cientista como antissocial.

Os professores ainda se lembraram de grandes físicos que viram a importância do divulgar a ciência, como Galileu Galilei (1564 – 1642) que divulgou seus trabalhos em italiano, sua língua materna, contra o usual latim, onde poucos teriam acesso, e Albert Einstein (1879 – 1955) que percebeu a necessidade do cientista sair do laboratório e posicionar-se perante a sociedade.

A Formação Transversal em Divulgação Científica é oferecida a alunos de graduação de pós-graduação. Neste primeiro semestre foram ofertadas quatro disciplinas: Laboratório de Comunicação Científica B: Introdução à Prática da Comunicação Pública da Ciência; Comunicação da Ciência em Museus; Tópicos em Divulgação Científica B: Análise e avaliação de dispositivos de divulgação científica; e Ciência e Sociedade, esta última ministrada pelo professor Yurij Castelfranchi. Mais informações sobre o curso no site da UFMG e através da página no Facebook.

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