Porque não está normal: UERJ luta para sobreviver

Alexandra Lima da Silva

A UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro ) é notícia de jornal. O motivo: o completo abandono e penúria em que se encontra.  Funcionários em greve. Professores lecionando na graduação e nos programas de pós-graduação, desenvolvendo atividades de pesquisa, administrativas, dentre tantas outras, sem receber salários, com o financiamento das pesquisas seriamente comprometido. Ainda assim, todos na UERJ, sem exceção, seguem compromissados com a educação pública, gratuita e de qualidade. Alunos lutam para conseguir o diploma em tão importante instituição de ensino do estado do Rio de Janeiro.  

No final do mês de junho de 2017, professores e funcionários ainda não tinham recebido os salários referentes aos meses de abril e maio, o 13º referente ao ano de 2016, sem falar nas bolsas, dentre as quais o Prociência, com 6 meses de atraso. Com muitos esforços e sacrifícios, o segundo semestre de 2016 terminará em julho de 2017. Contudo, a ameaça continua. O primeiro semestre de 2017 pode não começar em agosto. Mais uma vez, o motivo é a falta de condições de chegar ao local de trabalho e estudo. Muitos professores, funcionários e estudantes não dispõem de condições sequer de arcar com despesas básicas, como alimentação, moradia e saúde. 

Apesar de todo este quadro desolador, a UERJ segue sendo uma escola de luta e resistências: na rua, na praça, para todos. A visibilidade da luta se deve à importância da causa. Inúmeras campanhas, atos e ações têm sido realizados. Recentemente, a “Marcha pela UERJ”, realizada no dia 7 de junho de 2017, denunciou nas ruas do bairro de Vila Isabel os impactos da falta de pagamentos na vida da instituição, pois “Não está normal, não é por acaso, mas temos o que dizer”. E foi dito: alto, em bom som, nas ruas, com uma platéia atenta e solidária. 

A UERJ luta também para seguir sendo exemplo em iniciativas positivas para a educação no país. A UERJ não quer ser laboratório e modelo para a justificação do sucateamento da universidade pública no Brasil. Esse título a UERJ não quer, não precisa e não merece!  

Luta para voltar a ser notícia pelas vitórias, prêmios e conquistas de sua comunidade.  

Se hoje a UERJ é embalada por  “Como será o amanhã, responda quem puder…”, “Amanhã há de ser outro dia”, pelo presente, pelo futuro, seguimos..

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