Parabéns professores(as)… por serem alvos de interesses temporais – exclusivo

Tiago Tristão Artero

Até que ponto a escola está subjugada aos mercadores da educação? Em que termos os(as) professores(as) são alvos de interesses temporais advindos de uma educação subjugada a critérios distantes dos pilares educativos (ressalte-se a dignidade humana e as relevantes práticas sociais).

A evolução da escola e da educação, em alguns aspectos, é evidente. Nem mesmo é viável defender a educação unicamente pública ou fomentar a utopia de que a iniciativa privada não precisa de uma organização que garanta a sobrevivência das escolas particulares. Sem entrar nessa seara, o fato é que a evolução escolar e a evolução da educação, historicamente, não foi cumulativa.

Se as transformações na educação tivessem ocorrido de forma cumulativa – pensando-se nas conquistas alcançadas – a escola de hoje seria melhor do que a de ontem (fato não corroborado consensualmente) e a escola de amanhã teria que ser melhor do que a de hoje (objetivo que parece distante).

Quais pilares estão sendo construídos ou destruídos para atender a interesses escusos à educação?

Pensar em um ensino refletivo, crítico, onde as concepções pedagógicas que valorizam a superação das contradições atuais sejam efetivamente colocadas em prática, parece ser um objetivo inalcançável.

As pesquisas contribuem ou não para a melhora dos processos educativos. Um dos princípios da pesquisa é que, diante de uma situação, os dados sejam tabulados, analisados e interpretados para que se refaça a prática (ao menos quando pensamos na pesquisa-ação). Diante dessa nova prática, novas informações seriam coletadas para que uma prática ainda mais significativa pudesse ocorrer, superando as anteriores.

É evidente que isso não ocorre na prática. Há pesquisas cada vez mais desvinculadas daquilo que se busca em termos de evolução da humanidade (financiadas a partir de ideias que não possuem compromisso com o desenvolvimento social).

O que ocorre é que, tanto as práticas pedagógicas, quanto a gestão escolar (e educacional, como um todo) podem tornar-se ainda mais alienantes quando se despreza a história e as conquistas de áreas de conhecimento que permitem a reflexão da prática (ressalte-se a Filosofia, a Psicologia, a Sociologia) e percebe-se esse desprezo na formação acadêmica. Conteúdos técnicos que buscam a formação de mão-de-obra não reflexiva para os interesses do mercado.

Propostas mais impactantes, como percebidas na teoria da curvatura da vara, pode ser uma alternativa para mudanças na sociedade e, especificamente, escolares. No entanto, há outras a serem cogitadas.

Libâneo fala da importância em ressignificarmos a gestão escolar a partir de práticas democráticas, desde os cargos de direção, até a participação popular. Gasparin e Saviani refletem acerca da culminância da prática social quando se pensa nos processos educativos e seus objetivos.

Tantos professores, pensadores, personalidades de grande estatura humanitária deixaram legados que mostram a necessidade de mudanças inadiáveis, a começar por Sócrates (ou antes dele) até os dias atuais.

As alternâncias de ideologia vistas na educação, guardados os devidos contextos das épocas em que ocorreram, em geral, atenderam a interesses temporais desvinculados da busca por uma sociedade mais digna e, culturalmente, mais pujante.

É urgente discutir em que termos as práticas educativas ocorrem hoje, quem são os maiores interessados em promover novas práticas e se essas transformações estão de alguma forma contribuindo para a melhora social. Somente assim as pesquisas serão direcionadas para contextos relevantes e, tanto as práticas acadêmicas, quanto a prática pedagógica escolar, se apropriarão de informações que importam para a formação daqueles que podem formar novos cidadãos: os(as) professores(as).

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